sexta-feira, 10 de novembro de 2023

VARFARINA: O QUE É E INTERAÇÕES COM REMÉDIOS E ALIMENTOS


  • 1 O que é a varfarina?
  • 2 O que é a coagulação sanguínea?
  • 3 Como age a varfarina
  • 4 Nomes comerciais
  • 5 O que é o INR?
  • 6 Interação com outros medicamentos e alimentos
  • 7 Sinais de sangramento pela varfarina
  • 8 Contraindicações ao uso da varfarina
  • 9 Precauções
  • 10 Novos anticoagulantes orais

O QUE É A VARFARINA?

A varfarina é um anticoagulante, ou seja, é um fármaco que dificulta a coagulação natural do sangue, ação que pode ser útil para os pacientes com história de trombose venosafibrilação atrial ou que tenham sido submetidos à cirurgia de troca de válvula cardíaca.

A varfarina tem sido um dos anticoagulantes mais utilizados na prática médica nos últimos 60 anos, pois até pouco tempo atrás era a única opção barata e disponível em comprimidos.

Apesar do sucesso comercial, a varfarina apresenta um grande problema: sua ação anticoagulante só é eficaz quando o fármaco encontra-se em concentrações adequadas no sangue. Se estiver em excesso, o paciente corre risco de apresentar hemorragias; se estiver insuficiente, o efeito anticoagulante não é eficaz.

O controle dessa curta margem terapêutica é feito através de um exame de sangue chamado INR, que será explicado mais à frente.

O QUE É A COAGULAÇÃO SANGUÍNEA?

Coagulação é o processo no qual coágulos são formados em locais de lesão dos vasos sanguíneos. Sem o sistema coagulação todos nós morreríamos após um simples trauma, pois mesmo uma pequena lesão conseguiria causar um sangramento persistente e fatal, da mesma forma que um pequeno furo em um pneu é capaz de esvaziá-lo após algum tempo.

Os coágulos precisam se formar de forma rápida para estancar a hemorragia, mas não podem crescer demais a ponto de formar um trombo que obstrua o fluxo sanguíneo no vaso acometido. Para controlar a formação do coágulo, fatores de coagulação e de anticoagulação precisam agir simultaneamente e de forma sincronizada. Qualquer desequilíbrio para um dos dois lados pode causar hemorragias ou tromboses.

COMO AGE A VARFARINA

A coagulação envolve uma complexa cascata de eventos, com ativações de diversas enzimas e proteínas pró e anticoagulantes. Pelo menos 4 fatores coagulantes são formados a partir da vitamina K: fatores II, VII, IX e X. A vitamina K também está envolvida na formação de fatores anticoagulantes, como as proteínas C e S.

A varfarina inibe a formação desses fatores da coagulação dependentes da vitamina K, diminuindo assim a capacidade do sangue coagular. Dizemos que a varfarina “afina o sangue” porque ela reduz a possibilidade de formação de coágulos e trombos na circulação sanguínea. Esse efeito anticoagulante é importante no tratamento de doenças, como:

  • Trombose venosa profunda.
  • Embolia pulmonar.
  • Fibrilação atrial.
  • Pacientes com válvulas cardíacas artificiais.
  • Síndrome do anticorpo antifosfolipídeo.

NOMES COMERCIAIS

A varfarina pode ser encontrada sob a forma genérica (varfarina sódica) ou através dos seguintes nomes comerciais:

  • Coumadin.
  • Marevan.
  • Marfarin.
  • Varfine (comercializado apenas em Portugal).
  • Warfarin.

A varfarina pode ser encontrado em comprimidos de 2,5 mg, 5,0 mg e 7,5 mg.

O QUE É O INR?

O controle da eficácia da varfarina é feito através de um exame chamado INR (acrônimo em inglês para “razão normalizada internacional”), que mostra o nível de anticoagulação do sangue. Os laboratórios de análises clínicas medem o tempo que o sangue leva para coagular. Quanto mais demorada for a coagulação, maior é o valor do INR.

Pessoas saudáveis têm um INR de 1. Pacientes em uso da varfarina habitualmente precisam manter o INR entre 2 e 3,5, dependendo da doença em questão. Esse intervalo de INR deixa o paciente em um estado em que o sangue não coagula com tanta facilidade, mas ainda não há um grande risco de sangramentos espontâneos. Valores de INR acima de 4 indicam anticoagulação excessiva e risco de hemorragia. Valores de INR acima de 10 indicam intoxicação pela varfarina e necessidade de tratamento urgente para reverter o estado excessivo de anticoagulação.

Como a margem terapêutica é muito curta, o controle do INR deve ser feito com grande rigor, e os pacientes que tomam varfarina devem andar com alguma notificação para que, em caso de acidente ou emergência, a equipe médica possa saber que se trata de um paciente anticoagulado e sob maior risco de hemorragias.

Monitorização do INR

Cada serviço médico costuma ter um protocolo próprio de monitorização do valor do INR. Em geral, os valores são medidos a cada 3 dias quando o paciente inicia o tratamento, de forma a ajustar a dose correta do medicamento. Depois que o INR encontra-se estável por pelo menos 2 semanas seguidas, as dosagens de monitorização podem ser espaçadas para cada 2 ou 4 semanas.

Não existe uma dose única que se adéque a todos os pacientes. A maioria dos pacientes começa com a dose de 5 mg por dia, que depois é modificada de forma a manter o INR alvo estável.

INTERAÇÃO COM OUTROS MEDICAMENTOS E ALIMENTOS

Além de ter margem terapêutica muito curta, a varfarina ainda sofre interação de vários medicamentos e alimentos, o que dificulta ainda mais o seu controle.

Essas interações podem tanto inibir a ação da varfarina, favorecendo o surgimento de trombos, quanto potencializar o seu efeito anticoagulante, situação que eleva o risco de sangramentos.

Alimentos ricos em vitamina K são aqueles que mais interferem na ação da varfarina.

Abaixo fornecemos as listas das principais interações da varfarina com alimentos, fármacos e medicamentos naturais. É importante ressaltar que o perigo não está necessariamente no uso concomitante de qualquer uma das substâncias listadas.

O problema costuma ocorrer no momento em que alguma substância nova é introduzida ou quando alguma substância habitualmente consumida é suspensa. É nesse momento que um INR previamente estável pode sofrer redução ou elevação.

Toda vez que o paciente mudar de dieta ou de prescrição médica, o INR deve voltar a ser dosado com mais frequência para identificar possíveis flutuações perigosas. Pode ser necessário reduzir o aumentar a dose da varfarina para que o INR volte ao valor alvo.

Fármacos que podem potencializar o efeito da varfarina e aumentar o INR

Fármacos que podem inibir ao efeito da varfarina e diminuir o INR

  • Anticoncepcionais orais.
  • Azatioprina.
  • Carbamazepina.
  • Drogas que bloqueiam a produção de hormônios tireoidiano.
  • Fenitoína.
  • Fenobarbital.
  • Griseofulvina.
  • Haloperidol.
  • Hidróxido de alumínio.
  • Rifampicina.
  • Sucralfato.
  • Vitamina K.

Alimentos ricos em vitamina K que podem inibir a varfarina e diminuir o INR

  • Abacate.
  • Acelga.
  • Agrião.
  • Aipo.
  • Alface.
  • Ameixa seca.
  • Aspargos.
  • Atum em lata.
  • Azeite de oliva.
  • Beterraba.
  • Brócolis.
  • Cebolinha.
  • Chucrute.
  • Coleslaw.
  • Costeleta de porco.
  • Couve.
  • Couve-de-Bruxelas.
  • Couve-flor.
  • Couve-galega.
  • Endívia.
  • Ervilha.
  • Espinafre.
  • Feijão-verde.
  • Fígado.
  • Folhas de amaranto.
  • Grão-de-bico.
  • Quivi.
  • Lentilha.
  • Mamão.
  • Mostarda-castanha.
  • Nabo.
  • Quiabo.
  • Repolho.
  • Salsa.
  • Soja.

Substâncias naturais que podem aumentar o efeito da varfarina

Substâncias naturais que podem inibir o efeito da varfarina

  • Chá-verde (camellia sinensis).
  • Danshen (Salvia miltiorrhiza).
  • Erva de São João (Hypericum perforatum).
  • Flor-de-cone (Echinacea purpurea).
  • Ginseng (panax ginseng).

Bebidas alcoólicas e varfarina

O consumo de bebidas alcoólicas interfere no efeito da varfarina, tanto para mais como para menos. O consumo agudo de álcool em pessoas que não bebem frequentemente pode causar elevação aguda do INR. Por outro lado, pessoas com consumo moderado a pesado de álcool podem criar resistência à varfarina, sendo necessárias doses mais elevadas para atingir o INR terapêutico.

Alimentos com baixa concentração de vitamina K (não interferem ou interferem pouco com a varfarina) Pode ser consumidos normalmente.

  • Abacate.
  • Amendoim.
  • Arroz.
  • Batatas.
  • Cenoura.
  • Cereal.
  • Café.
  • Carnes, peixes e aves.
  • Ervilhas.
  • Feijão.
  • Frutas em geral.
  • Lacticínios.
  • Maçã vermelha.
  • Massas.
  • Milho.
  • Ovos.
  • Pão.
  • Pepinos (sem a casca).
  • Tomates.

SINAIS DE SANGRAMENTO PELA VARFARINA

O aparecimento de qualquer um dos sinais abaixo deve ser imediatamente avaliado por um médico, pois sugerem um estado de excessiva anticoagulação
  • Sangramento espontâneo das gengivas.
  • Sangue na urina.
  • Fezes escuras ou sanguinolentas.
  • Hemorragia nasal.
  • Vômito sanguinolento.
  • Tosse com expectoração sanguinolenta.
  • Grandes manchas roxas na pele.
  • Alterações súbitas da visão.
  • Forte dor de cabeça ou uma dor de cabeça que é mais grave do que o habitual (pode sinalizar sangramento intracerebral).

Paciente em uso de varfarina que sofrem quedas ou acidentes com traumas na cabeça também devem ser avaliados por um médico.

CONTRAINDICAÇÕES AO USO DA VARFARINA

A varfarina não deve ser prescrita a nenhum paciente com risco elevado de sangramento. Alguns exemplos:

  • Pacientes com pressão arterial descontrolada.
  • História de acidente vascular cerebral.
  • Úlceras estomacais, gastrite ou doença péptica.
  • Câncer.
  • Alcoolismo.
  • Doença hepática.
  • Pacientes idosos com elevado risco de quedas.

A varfarina é contraindicada durante a gravidez.

PRECAUÇÕES

Como o paciente anticoagulado tem maior risco de sangramento, qualquer procedimento médico invasivo deve ser realizado somente após a redução do INR, incluindo biópsias de órgãos, punção lombar e procedimentos cirúrgicos em geral.

NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS

Recentemente surgiram no mercado novos anticoagulantes orais, que têm paulatinamente vindo a substituir a varfarina na maioria dos tratamentos. Entre os novos fármacos podemos destacar:

  • Dabigatrana (nome comercial: Pradaxa).
  • Rivaroxaban (nome comercial: Xarelto).
  • Apixaban (nome comercial: Eliquis).

Esses novos anticoagulantes apresentam menor risco de hemorragia, não precisam de monitorização pelo INR e não apresentam tantas interferências de outros fármacos e alimentos. 


REFERÊNCIAS


domingo, 22 de outubro de 2023

Lista de alimentos para pacientes em uso anticoagulantes

Alimentos com vitamina K para pacientes em uso anticoagulantes orais.

Muitos pacientes com Fibrilação Atrial e medicados com anticoagulantes orais, especialmente como a Varfarina ou o Acenocumarol, se perguntam o que podem comer e o que não devem comer!

A verdade é que você só precisa prestar mais atenção à sua dieta e aprender a cuidar de si mesmo, a ter um coração mais saudável e um estilo de vida ideal.

Em seguida, compartilhamos uma lista de alimentos para você levar uma vida mais saudável e conseguir evitar um AVC ou qualquer problema de coagulação. 

Ovos e lacticínios

O conteúdo de vitamina K no leite é baixo, portanto, o tipo de leite pode ser escolhido sem modificar o conteúdo de vitamina K da dieta.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Iogurte
  • Queijo
  • Leite
  • Ovo

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Manteiga

Verduras e legumes

Os vegetais verde-escuros (principalmente as folhas) são as fontes mais ricas de vitamina K.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Cogumelos
  • Rabanetes
  • Cebola
  • Milho
  • Lentilhas
  • Batatas
  • Abóbora
  • Grão-de-bico
  • Berinjela
  • Abobrinha
  • Feijão branco
  • Pimentão vermelho

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Pimentão verde
  • Tomate maduro
  • Alface iceberg
  • Cenoura
  • Couve-flor
  • Feijão verde
  • Alcachofras
  • Alho-poró
  • Aipo
  • Ervilha
  • Pepino

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Beterraba
  • Repolho
  • Aspargo
  • Alface Americana
  • Brócolis
  • Endívia
  • Cebolinha
  • Salsa
  • Nabo
  • Espinafre
  • Couve kale
  • Couve-lombarda
  • Couve-de-bruxelas

Bebidas

Todas fornecem pouca vitamina K.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Água mineral
  • Sucos de frutas
  • Café
  • Bebidas carbonatadas
  • Bebidas alcoólicas
  • Refrigerante 
  • Infusões

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Chá camomila, etc
  • Chá mate

Cereais e massas

A padaria industrial contém vitamina K do óleo com o qual é feita.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Arroz
  • Espaguete
  • Macarrão
  • Pão

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Padaria industrial
  • Biscoitos
  • Bolos

Condimentos

São fontes ricas de vitamina K, mas não contribuem para a ingestão diária total porque são consumidas em pequenas quantidades.

Conteúdo baixo (5-40 mcg/100 g)

  • Sal
  • Vinagre
  • Açúcar
  • Mel

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Orégano
  • Alhos
  • Mostarda 
  • Especiarias: pimenta

Óleos

*Embora o azeite de oliva contenha vitamina K, é o mais recomendado para sua saúde. Nas doses usuais, contribui apenas moderadamente para o conteúdo total de vitamina K da dieta.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Óleo de milho
  • Azeite 

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Óleo de soja

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Óleo de canola

Frutos secos

Las nozes não são fontes importantes de vitamina K, exceto para algumas frutas secas, os pinhões, pistaches e castanhas de cajú.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Passa
  • Damascos secos
  • Castanhas
  • Amendoim
  • Amêndoas
  • Nozes

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Castanha de cajú
  • Figos
  • Avelãs
  • Pistaches

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Ameixas secas
  • Pinhões

Frutas

A maioria das frutas não é uma fonte importante de vitamina K (elas contribuem com <5 mcg/100 gramas), exceto as frutas secas e os kiwis que contêm alto conteúdo.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Pêra
  • Melão
  • Manga
  • Morangos
  • Mamão
  • Melancia
  • Pêssego
  • Toranja
  • Maçã crua (com casca)
  • Nectarina
  • Cerejas
  • Abacaxi cru
  • Damasco
  • Banana
  • Laranja

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Uva
  • Ameixa

Conteúdo alto (>40 mcg/100 g)

  • Kiwi
  • Passas
  • Figos
  • Ameixas secas

Carnes e peixes

A elaboração culinária com óleos aumenta o conteúdo total da dieta. Alguns alimentos de carne muito gordurosa, provenientes de animais alimentados intensivamente, podem conter formas de vitamina K que podem impedir a ação de anticoagulantes.

Conteúdo baixo (<5 mcg/100 g)

  • Presunto
  • Carne de vitela
  • Carne de frango
  • Carne de porco
  • Moluscos
  • Peixe
  • Carnes magras

Conteúdo médio (5-40 mcg/100 g)

  • Atum em óleo
  • Sardinha em óleo

Agora que você sabe como comer corretamente, aprenda mais sobre os efeitos colaterais dos anticoagulantes orais baixando este guia.



Fontes:
  • https://www.cun.es/enfermedades-tratamientos/cuidados-casa/consejos-paciente-anticoagulado#
  • https://anticoagulado.info/2014/02/18/tabla-de-alimentos-y-contenido-en-vitamina-k-para-pacientes-anticoagulados-sintrom-aldocumar/


quarta-feira, 9 de agosto de 2023

As 10 principais tendências de saúde esperadas para os anos de 2023/2024

As 10 principais tendências de saúde esperadas em 2023/2024

A assistência médica está em constante evolução — desde a adoção generalizada de novas tecnologias, como dispositivos de saúde e robótica médica, até o cenário em constante mudança de aprovações regulatórias. Desta forma, os líderes de saúde precisam estar cientes das últimas tendências de saúde para se manterem à frente da concorrência. Ao fazer isso, eles podem identificar quais oportunidades suas organizações precisam implementar para expandir seus negócios e melhorar a prestação de cuidados aos pacientes e o bem-estar dos funcionários.
Conheça as 10 principais tendências de saúde que podem impactar significativamente o setor de saúde em 2023:

1. Aumentar o envolvimento do paciente melhorando a experiência do paciente
Até 2030, estima-se que o tamanho do mercado de soluções de engajamento do paciente – que inclui wearables, recursos educacionais e aplicativos móveis – alcance US$ 74,28 bilhões, contra US$ 13,42 bilhões em 2021.

2. Inteligência artificial (IA)
A IA é uma daquelas tendências de saúde que tem o potencial de impactar significativamente o setor – desde a melhoria do atendimento ao paciente com tomada de decisões clínicas orientada por dados até a simplificação dos fluxos de trabalho do sistema de saúde.

3. Adoção da robótica na área da saúde
A robótica médica tem a capacidade de reduzir a carga de trabalho no setor de saúde. Por meio da automação e da IA, essas máquinas podem executar uma variedade de tarefas e serviços de suporte – desde facilitar o transporte de pacientes e auxiliar em cirurgias até a entrega de vacinas em áreas remotas.

4. Investir em saúde mental
O investimento em soluções digitais de saúde mental está aumentando. Algumas plataformas tecnológicas permitem mais acesso a serviços de saúde mental e conectam pacientes a provedores de saúde mental. Por meio da telessaúde, a terapia sob demanda, a qualquer momento, diretamente do seu celular, agora é uma possibilidade.

5. Monitoramento da saúde por meio de wearables de saúde (aplicativos)
O monitoramento contínuo da saúde por meio de wearables de saúde permite atendimento personalizado e orientado por dados, em que o clínico e o paciente adotam uma abordagem “proativa” em vez de “reativa”. Além disso, aplicativos de software de saúde digital e hardware sofisticado fornecem dados vitais e biomarcadores individualizados e desempenham um papel crítico na prevenção de doenças.

6. Abordar a escassez de pessoal, esgotamento clínico e retenção de funcionários
Aposentadoria, esgotamento e retenção de funcionários são três problemas significativos que causam escassez de pessoal no setor de saúde. Como uma questão global, esta é uma daquelas tendências que estão no radar de todos no setor de saúde enquanto buscamos uma solução para a escassez de pessoal.

7. Impulsionando a tecnologia de nuvem
Espera-se que o mercado de computação em nuvem para assistência médica aumente drasticamente nos próximos dez anos, de US$ 26,5 bilhões para US$ 66,3 bilhões.

8. Aumentar a utilização de sistemas de telessaúde
À medida que os sistemas de telessaúde se expandem, as equipes de liderança precisam garantir acesso seguro, confiável e equitativo em diferentes subgrupos populacionais, principalmente em ambientes rurais e para pessoas com deficiência.

9. Garantia de privacidade e segurança dos dados
A proteção de dados continua a ser um cenário em evolução. Com cada novo avanço tecnológico que extrai grandes quantidades de dados, surgem novos desafios para encontrar soluções para manter esses dados seguros. Para fortalecer a confiança do paciente, as empresas devem incorporar planos de privacidade e segurança de dados à medida que continuam a encontrar novas maneiras de maximizar os dados do paciente.

10. Foco nas desigualdades de saúde com determinantes sociais da saúde (SDOH)
Determinantes sociais da saúde (SDOH) são condições ambientais onde os indivíduos nascem, vivem e praticam cultos, que afetam uma ampla gama de saúde, resultados de qualidade de vida e riscos relacionados à saúde. SDOH contribui para amplas disparidades e desigualdades na saúde, impactando o bem-estar dos indivíduos, especialmente aqueles com acesso limitado a opções seguras e saudáveis.

Estas são apenas algumas das principais tendências que estão conquistando o setor de saúde. Por causa disso, os líderes de saúde devem encontrar maneiras de garantir que a jornada de cada paciente seja segura, personalizada, fácil de navegar e capacitada. Além disso, saúde mental, necessidades dos trabalhadores e desigualdades na saúde são outras áreas que os líderes da saúde devem considerar em 2023.

Como vimos com a pandemia do COVID-19, o setor de saúde está em constante mudança. Ao destacar as áreas de rápido avanço e as principais tendências do setor de saúde, os líderes podem identificar em quais setores precisam se concentrar e investir, o que pode trazer um valor significativo para suas organizações.


Fonte: ibes.med.br 

terça-feira, 11 de abril de 2023

Fé, Espença, e Amor


Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (1Corintíos 13,13) 

Ao longo da vida busquei o que acreditava ser o mais importante para mim, um amor verdadeiro, sempre levando a vida a sério, mantendo sempre o laço familiar, dedicando aos estudos, focado no trabalho, e o mais companheiro possível no relacionamento.
E hoje vejo que viví muito pela emoções e o coração, sendo um bom samaritano, sempre disposto ao próximo, e esqueci que existe no mundo pessoas que preferem viver com a razão.
Formado na graduação em enfermagem, por amor a profissão, me deparo com a dificuldade de muitos em exercer o que por anos busco. Mercado de trabalho fechado, complexo, e com exigencias maiores além de uma simples graduação, me deparo com a nescessidade de especialização pós graduação, para poder ainda ter a esperança de realizar o que tanto busco, poder ajudar o próximo na area hospitalar.

Mas como a vida não é tão fácil, e simples como pensamos, temos que fazer caminhadas paralelas para se manter num mundo onde o dinheiro é o mais importante, sem ele você não consegue moradia e comida, itens essenciais para sobreviver. Por isso buscamos carreiras, profissões conforme nossas habilidades, no meu caso cozinheiro, e de cozinha em cozinhas, vou seguindo a jornada, construindo minha historia.

Nesse percurso de altos e baixos da vida, perdi o que achei que seria o verdadeiro amor, mesmo se dedicando ao máximo para ser um bom companheiro, mantendo todos os princípios de um relacionamento, ele se foi, como a responsabilidade do amor não é apenas de uma pessoa mas de ambos, ele parti, e as vezes ele acaba que de certa forma te desequilibrando emocional que afeta todas as outras condições de quem ainda ama.  

Se reencontrar, e recomeçar uma nova fase ou modo de viver, é onde percebemos que a Fé que existe dentro de voce, é a que te possibilita seguir novamente mesmo com esperança e amor. 

Deus é o criador de tudo, e sabe de tudo que acontece com cada um de nós, sabe de todas as verdades, principalmente as que carregamos em no coração, por isso não importa qual a sua religião, pois Deus é único e todos caminhos te levam a ele, quando louvamos e oramos. 
Por mais difícil que seja a situação, se você tiver Fé em Deus e buscar seguir adiante com orações, tudo pode acontecer. 

Confesso que me perdi emocional, pois perdi não só um amor, mas outras pessoas importantes na consequência. Não é fácil, cada pessoa tem um jeito único de ser, mesmo com orientações de profissionais da saúde, amigos e familiares, não é fácil passar por essa situação na vida, sei que nesse momento eu vi que não sou nada sem Deus, e que através de cada oração eu conheci a Fé que existe dentro de nós. Por isso não importa a sua dificuldade, ore constantemente, faça dela algo habitual na sua vida, eu católico e fiel legionario de Maria, sigo em frente fortalecendo minha Fé ouvindo as palavras de Deus a cada missa que frequentemente me dedico. 

Por mais que planejamos o que fazer a cada momento, principalmente no que se refere ao amanhã, lembre sempre que tudo irá acontecer se for de acordo com os planos de Deus para sua vida, porque o que vivemos no momento e o amanhã só á Deus pertence. 

Quero deixar um abraço carinhoso para quem precisar desse acolhimento e novamente dizer, tudo é possível para aquele que crêr, ore e siga com Fé, Esperança, e Amor. 

Fonte: Wagner Roberto 

domingo, 16 de outubro de 2022

Achado brasileiro abre caminho para remédios capazes de evitar o Alzheimer

Cientistas da UFRJ descobriram proteína cerebral associada ao envelhecimento do cérebro

      Imagem mostra cérebro saudável à esquerda e cérebro com Alzheimer à direita. Foto: Google.

Uma equipe internacional de pesquisa liderada por neurocientistas brasileiras descobriu um marcador do envelhecimento do cérebro. Trata-se de uma proteína, cuja quantidade é reduzida nas células nervosas à medida que envelhecemos.

O estudo abre caminho para compreender mudanças funcionais que podem levar a déficits cognitivos. Numa etapa futura, ele também lança bases para desenvolver medicamentos capazes de “rejuvenescer” as células e, assim, evitar demências, como o mal de Alzheimer.

Por sua importância, o estudo foi publicado na revista científica Aging Cell, uma das mais conceituadas da área de envelhecimento. Nele, os pesquisadores descrevem o papel da proteína lamina-B1 como biomarcador do envelhecimento em seres humanos e animais.

Coordenadora do estudo, Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ), explica que esses biomarcadores costumavam ser procurados no cérebro de vítimas do mal de Alzheimer, por exemplo. Mas aí já era tarde demais porque a doença estava estabelecida.

Os cientistas então procuraram biomarcadores no cérebro de pessoas e animais saudáveis. O foco do trabalho foram amostras de pessoas entre 75 anos e 94 anos.

— O objetivo foi identificar indicadores de mudanças que podem levar à perda de função e, por fim, em alguns casos, à demência. A novidade de nosso trabalho foi encontrar um marcador que identifica as células envelhecidas no cérebro — diz Gomes.

Os cientistas trabalharam com roedores e com amostras cerebrais post mortem de bancos de encéfalos da Universidade de São Paulo (USP) e de uma instituição da Holanda. Ao todo, foram analisadas 16 amostras de pessoas de meia-idade e 14 de idosos. Os pesquisadores investigaram transformações nos astrócitos, células nervosas que dão sustentação e ajudam a controlar o funcionamento dos neurônios.

A lamina-B1 tem uma função complexa. Ela ajuda a manter íntegro o núcleo dos astrócitos. E essa função é importantíssima porque, com o núcleo deficiente, os astrócitos já não conseguem mais cumprir o seu papel. 

Isso tem consequências amplas, pois desencadeia distúrbios no funcionamento dos neurônios, que dependem dos astrócitos para trabalhar direito. Já se sabia que déficits cognitivos estão ligados à perda de função dos astrócitos envelhecidos, o novo estudo ajuda a compreender os mecanismos que podem estar por trás disso. 

O estudo mostrou que a quantidade de lamina-B1 diminui com o envelhecimento. A identificação das alterações na lamina-B1 pode ajudar os cientistas a distinguir o que é um sinal normal do envelhecimento das alterações associadas a distúrbios cognitivos.

— A novidade desse estudo é revelar que a lamina-B1 é um indicador de que os astrócitos estão envelhecidos — afirma Gomes.

Isadora Matias, primeira autora do estudo e do mesmo laboratório da UFRJ, observa que uma das estratégias já cogitadas no mundo para combater déficits cognitivos é matar os astrócitos envelhecidos. Porém, os riscos são grandes e os resultados, duvidosos. A nova pesquisa indica caminhos diferentes:

— O processo será interromper ou até mesmo reverter o envelhecimento dos astrócitos, normalizando a concentração de lamina-B1. Mas isso depende de mais estudos — enfatiza Matias.

Outra frente são métodos de diagnóstico que permitam dosar no sangue a concentração da lamina-B1. Por ora, isso não é possível. Os pesquisadores também dizem quem a descoberta pode permitir novas plataformas para testes de drogas contra demências.

O envelhecimento é um processo extremamente complexo e ainda pouco compreendido. A lamina-B1 é apenas uma elemento num mecanismo que tem numerosos outros. O próprio grupo que realizou o novo estudo identificou outras moléculas com papel importante no envelhecimento das células.

— Será muito importante usar o que aprendemos com essa proteína capaz de dar o sinal de alerta de envelhecimento precoce — acrescenta Matias.

Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/medicina