sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Ministério da Saúde amplia idade e muda teste para doação de sangue


Novo teto de idade para doadores passou de 67 para 69 anos.
Segundo governo, novo exame será mais eficiente na detecção do vírus HIV.


O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (12) que elevou a idade máxima para doação de sangue no país, que subiu de 67 para 69 anos. A pasta também tornou obrigatória a realização de teste que permite maior rapidez na identificação dos vírus HIV (AIDS) e HCV (hepatite tipo C) no sangue de doadores. O novo procedimento é considerado mais "eficaz" que o atual exame realizado no Brasil, o Elisa.
Segundo estimativa do governo federal, o aumento do teto de idade irá ampliar em cerca de 2 milhões de pessoas o número de potenciais doadores no país. O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 32 hemocentros coordenadores e 368 regionais e núcleos de hemoterapia em todo o país.

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também destacou que, apesar de não existir a obrigatoriedade de realização do teste de ácido nucleico (NAT) em todo o sangue doado no país, desde julho o procedimento já era realizado em todas as doações realizadas pelo SUS. Padilha ressaltou que a rede pública de saúde é responsável por cerca de 75% das transfusões feitas no Brasil.
"Estamos em um estágio que podemos tornar obrigatório o teste do NAT, para o teste do HIV e da Hepatite C. Os testes já são feitos, mas agora serão obrigatórios. E incorporam-se ao questionário, que não podemos abrir mão, porque tem padrão internacional e é uma forma de excluir potenciais doadores que possam ter risco de transmissão de doenças de risco", afirmou o ministro.
Os dois tipos [de exames] são absolutamente confiáveis. O que o NAT ajuda é a reduzir a janela imunológica, ou seja, descobre mais precocemente se aquela pessoa [doadora] está infectada pelo vírus"
Alexandre Padilha, ministro da Saúde
Conforme o ministro da Saúde, os laboratórios terão 90 dias para se adequar às novas regras. Ainda segundo ele, tanto o NAT quanto o Elisa são “absolutamente confiáveis”.

“Os dois tipos [de exames] são absolutamente confiáveis. O que o NAT ajuda é a reduzir a janela imunológica, ou seja, descobre mais precocemente se aquela pessoa [doadora] está infectada pelo vírus. Por isso, é importante para a transfusão para dar mais segurança”, explicou Padilha
Segundo o Ministério da Saúde, o teste Elisa é capaz de detectar os anticorpos produzidos pelo organismo após infecção por HIV e HCV, enquanto o NAT é capaz de detectar o material genético dos vírus.

“O NAT reduz a janela imunológica ou o tempo em que o vírus permanece indetectável por testes de 22 para dez dias, no caso do HIV; e de 35 para 12 dias, em relação ao vírus da Hepatite tipo C. O NAT identifica o material genético do vírus e não os anticorpos [como ocorre em outros exames], o que permite um resultado mais rápido e eficaz”, informou o ministério.
Padilha destacou que os laboratórios particulares poderão solicitar ao SUS o fornecimento do NAT, que será feito de forma gratuita.

“As mudanças são muito importantes para dar mais segurança à rede de bancos de sangue do Brasil (...) O Brasil inclusive já é reconhecido internacionalmente por adotar métodos extremamente seguros”, destacou o auxiliar da presidente Dilma Rousseff.
 
Produção nacional
Desde 2011, o NAT está em fase de implementação e é produzido pelo laboratório público Bio-Manguinhos, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo Padilha, a produção do NAT no país deve gerar uma economia anual estimada em R$ 100 milhões. "Nós conseguimos nesses anos implantar uma estrutura, uma plataforma com alta qualidade, necessária para que o exame seja feito", afirmou o ministro.

O presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carmino Antonio de Souza, aprovou as mudanças anunciadas nesta terça pelo Ministério da Saúde.

“O NAT, há aproximadamente dez anos, vem se implantando no mundo inteiro. Aqui no Brasil ele já estava sendo feito na rede privada e na rede pública nos últimos anos, durante a fase de implantação. Eu concordo com o ministro, estamos celebrando uma coisa fundamental para o Brasil, que é levar país a um nível internacional, que é colocando o NAT como obrigatório em todo o território nacional”, afirmou.

Bolsas de Sangue
O Ministério da Saúde informou que, atualmente, são coletadas 3,6 milhões de bolsas por ano no país, correspondentes a 1,8% da população. “Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da OMS [Organização Mundial de Saúde], o Ministério da Saúde trabalha para chegar ao índice de 3%”, observou a pasta.
 

SUS oferecerá teste para Aids por fluido oral a partir de março 2014


Um novo teste rápido de aids realizado por fluido oral estará disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de março de 2014, informou nesta quarta-feira (18) o Ministério da Saúde. O resultado ficará pronto em até 30 minutos. Em um primeiro momento, o teste será utilizado por 40 ONGs parceiras do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde que atuam em 21 Estados e no Distrito Federal.

Segundo o Ministério da Saúde, terão prioridade ao novo método, durante essa fase inicial - prevista para iniciar em março do próximo ano - as populações prioritárias que apresentam maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV (homens que fazem sexo com homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua).
 
"Em um segundo momento, o diagnóstico estará disponível para todas as pessoas que quiserem realizá-lo, inclusive como autoexame. A sua grande vantagem é a segurança e a confiabilidade, além de não necessitar de infraestrutura laboratorial", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota.

A partir do segundo semestre do próximo ano, o novo diagnóstico será ofertado para a população em todas as campanhas do "Fique Sabendo", nos serviços do SUS que atendem as populações vulneráveis e nas farmácias da rede pública. Testes com essa metodologia e que tiverem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também poderão ser vendidos em farmácias da rede privada. "As pessoas que, eventualmente, não se sintam à vontade para ir a um centro de saúde ou num laboratório, poderão fazer o teste com privacidade, em sua própria casa, no horário e da forma que quiserem", disse o ministro.

Sobre o tema, a Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira a portaria nº 29, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças.
 

Conheça alguns mitos e verdades sobre diabetes

Ela começa de forma silenciosa, quase sem sintomas, mas é muito perigosa. E cada vez atinge um número maior de pessoas, devido ao estilo de vida comum do mundo moderno que combina sedentarismo com má alimentação. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), quase 250 milhões de pessoas ao redor do globo têm diabetes e, como esse número vem crescendo, a instituição já classifica a doença como uma epidemia. A cada ano, sete milhões de indivíduos entram nessa lista.

No Brasil, a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) estima que 12 milhões de pessoas tenham a doença, sendo que metade delas não sabe disso.

Para conscientizar a população sobre a importância de se fazer exames de sangue para o diagnóstico do problema e, em caso positivo, se tratar, no dia 14 de novembro celebra-se o Dia Mundial do Diabetes. Ao redor do mundo, monumentos, prédios públicos e empresas são iluminados na cor azul para marcar a data. Aqui no Brasil várias associações médicas e de pacientes estão promovendo ações como exames gratuitos, distribuição de cartilhas informativas e alimentos saudáveis. Uma lista com a programação principal está disponível no site Dia Mundial do Diabetes.
 
Diabético não pode comer nada com açúcar. MITO: quando se está com a taxa de glicemia, o açúcar no sangue, muito acima do padrão, a recomendação médica é evitar ao máximo o açúcar. Mas, à medida em que o paciente consegue controlar a doença, ele pode, sim, consumir doces moderadamente. "Não existe proibição absoluta. Depois que a pessoa está com um controle bem feito, nada impede que coma um doce eventualmente. O ideal é que seja sempre de sobremesa, porque depois das refeições o açúcar não é liberado no corpo tão rapidamente", recomenda o endocrinologista Felipe Gaia
 
Não há restrições alimentares para os diabéticos além de evitar o açúcar. MITO: além do açúcar, diabéticos precisam tomar cuidado com o consumo de carboidratos, encontrados em produtos como batatas, massas, pães, tortas e, em especial, os feitos com farinha branca. "Uso uma metáfora: o acúçar é um tijolo; o carboidrato é como uma parede feita de tijolos. O corpo desfaz essa parede para usar os tijolos", explica o endocrinologista Felipe Gaia. Assim como o açúcar, os carboidratos não estão completamente vetados da dieta, mas devem ser ingeridos com moderação  
 
Comer doce demais pode causar diabetes tipo 2. MITO: o que faz com que a pessoa se torne diabética é o sedentarismo associado à obesidade e a uma inflamação discreta do tecido gorduroso. O componente genético também influencia. Não raro, uma pessoa obesa consome doces em excesso, mas não são eles que causam o diabetes. "Se uma pessoa come muito doce, mas faz exercícios, mantém sua cintura fina, é difícil que vá ter problemas com diabetes", afirma o endocrinologista Felipe Gaia
 
Todo diabético precisa tomar insulina. MITO: para quem tem diabetes do tipo 1 não há mesmo escapatória, já que o pâncreas não é capaz de produzir insulina. Mas para os pacientes diabéticos do tipo 2, que são 90% dos casos, a insulina pode ser dispensada se a doença for detectada e tratada no início. "Um diabético pode passar a vida inteira sem nunca precisar de insulina. Mas se o pâncreas for sobrecarregado e começar a "falhar", a melhor solução é a insulina. Nesses casos, quanto antes, melhor", explica o endocrinologista Felipe Gaia
 
Diabetes é uma doença crônica que não mata. MITO: embora atualmente os tratamentos médicos evitem as mortes por coma diabético, a doença afeta diversas funções do organismo que colocam a vida em risco. Ou seja, ela mata, mas de forma indireta. "Um diabético tem seis vezes mais chances de ter infartos e derrames, assim como tem mais câncer. Outra causa secundária de morte são as complicações renais", diz o endocrinologista Felipe Gaia
 
Diabéticos podem comer produtos diet à vontade. MITO: "Ninguém pode comer nada à vontade", alerta a endocrinologista Denise Franco, diretora da Associação Diabetes Brasil. "Muitas vezes a gente nem recomenda o produto diet, como um chocolate, porque ele tem mais gordura, o que também faz mal", diz. Já um doce de frutas com adoçante costuma ser uma boa opção de sobremesa diet
                    
Diabetes tipo 2 só aparece em adultos. MITO: até pouco tempo atrás, o aparecimento do diabetes tipo 2 (que está ligado ao sedentarismo e hábitos alimentares poucos saudáveis) era registrado em adultos, sobretudo a partir dos 40 anos. Mas hoje está cada dia mais comum também em adolescentes e crianças. "Até 15 anos atrás, a gente definia que o diabetes da criança era a tipo 1. Agora, isso não é mais verdade", afirma a endocrinologista Denise Franco
 
Cirurgias de redução de estômago/intestino curam o diabetes. MITO: embora a maioria das pessoas que passa por essas cirurgias registre melhora nos níveis de glicemia, se voltar a engordar, a doença retorna. "Por enquanto, o diabetes não tem cura. A pessoa vai ter de se preocupar sempre em manter a doença controlada", informa a endocrinologista Denise Franco. As cirurgias bariátricas também não ajudam pessoas cujo pâncreas já foi danificado e não produz mais insulina
 
Há diabetes que são mais difíceis de se controlar. PARCIALMENTE VERDADE: "O diabetes é uma doença progressiva. Então, em alguém que tem o diagnóstico tardio, ou que não tratou adequadamente a doença desde o início, o controle vai ser mais complicado", explica a endocrinologista Denise Franco. A médica diz, no entanto, que mesmo para os casos mais complicados, a tecnologia tem ajudado bastante no tratamento: há vários tipos de monitores e sensores de glicose, bombas de insulina etc
 
Transplante de pâncreas pode curar o diabetes. PARCIALMENTE VERDADE: o transplante de pâncreas é uma cirurgia complicada, com riscos. Depois, o paciente vai precisar trocar a insulina por imunossupressores, para serem tomados durante toda a vida. E o órgão doado não costuma durar mais do que 10 ou 15 anos. Há ainda a dificuldade de se encontrar doadores. "Por tudo isso, o transplante só é indicado em último caso, para pacientes que estão fazendo o melhor tratamento possível, mas ainda assim têm muita flutuação da glicemia. Em geral, o transplante se faz para quem já está com os rins afetados; então, se faz o duplo transplante", afirma a endocrinologista Denise Franco
 
Diabetes é genética. PARCIALMENTE VERDADE: no diabetes do tipo 1 há um forte componente genético, explica o endocrinologista Felipe Gaia. Filhos de uma mãe ou pai diabéticos têm 10% de chances de também desenvolverem a doença. Quando se trata do tipo 2, há uma série de causas, entre elas o fator genético, que deixa a pessoa mais propensa a ficar diabética. "Mas quem se cuida, se alimenta bem e faz exercícios, tem uma relativa proteção", garante o médico
 
Chá de pata de vaca é bom para quem tem diabetes. PARCIALMENTE VERDADE: embora tenha o potencial de diminuir a glicemia, o chá da planta conhecida como pata da vaca é contraindicado como forma de tratar o diabetes. "Ele aumenta a secreção de insulina, mas é muito difícil fazer o ajuste para a dose certa quando se trata de um chá. Quanto do princípio ativo tem em cada xícara? Você também não tem como saber se o solo, por exemplo, influenciou na ação da planta", explica a endocrinologista Denise Franco.
 
O diabetes do tipo 1 é pior que o do tipo 2. PARCIALMENTE VERDADE: o pâncreas do portador do diabetes tipo 1 não produz nenhuma insulina, o que torna o tratamento mais "trabalhoso", segundo o endocrinologista Felipe Gaia, consultor do SalomãoZoppi diagnósticos e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Desde o início temos que fornecer insulina de forma a simular o trabalho do pâncreas", afirma. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas ela não consegue atuar corretamente no corpo. "No começo do tratamento, e se a pessoa se cuidar sempre, basta emagrecer e fazer atividade física", diz. Mas, se o paciente não se cuidar, pode ficar com o pâncreas com a capacidade de produzir insulina totalmente comprometida, como o de um paciente do tipo 1
 
Diabetes pode levar à impotência. VERDADE: com o passar dos anos, o diabetes sem controle passa a afetar o organismo de várias formas. Por exemplo, danifica os rins, que não conseguem dar conta de uma quantidade tão grande de açúcar. O excesso de açúcar também afeta os vasos sanguíneos e os nervos, o que causa falta de sensibilidade nas extremidades. "Se afetar os vasos da região peniana, fica difícil encher o pênis de sangue e manter a ereção, assim como pode afetar a sensibilidade", explica o endocrinologista Felipe Gaia
 
Existe diabetes que só aparece na gravidez. VERDADE: chamado de diabetes gestacional é a elevação dos índices de açúcar no sangue de mulheres que tinham taxas normais antes da gravidez. Os hormônios produzidos durante a gravidez dificultam a ação da insulina do corpo. Se a mulher já tem tendência, está acima do peso e tem mais de 35 anos, tem mais chances de que essa resistência seja elevada demais a ponto de se tornar um problema como o diabetes gestacional. ?Nas demais mulheres, o pâncreas aumenta um pouco a produção de insulina, porém, a pessoa não fica diabética?, diz o médico Felipe Gaia
 
Diabetes pode causar cegueira. VERDADE: embora o diabetes possa seguir muitos anos assintomático, uma das possíveis complicações de se ter a doença sem controle por um longo período é a cegueira. "O diabetes estimula o crescimento de vasos na retina, o que acaba levando a sangramentos. E também pode provocar o descolamento de retina", afirma o endocrinologista Felipe Gaia
 
Existe uma categoria de "pré-diabéticos". VERDADE: essa denominação é recente, mas vem sendo usada por muitos médicos de 2010 para cá, diz o endocrinologista Felipe Gaia. Ela é utilizada para designar alguém cujos índices de glicemina e outros indicadores de diabetes ainda não atingiram o patamar para que o paciente seja considerado oficialmente um diabético, mas que estão muito próximos do limite. "É como um sinal amarelo, e piscando com força", diz Gaia
 
O estresse piora o diabetes. VERDADE: fatores de estresse podem, sim, piorar o quadro de diabetes quando já existe o problema, mas isso não significa que o estresse cause o diabetes. "O nível de açúcar sobe quando as pessoas ficam nervosas, assim como a adrenalina e o cortisol. Quando o pâncreas está comprometido, ele não aguenta essa elevação", explica a endocrinologista Denise Franco. Segundo ela, o estresse tem o potencial de desbalancear os sistemas endócrino, imunológico e neurológico
 
Atividade física ajuda quem tem diabetes. VERDADE: durante os exercícios, o corpo usa a glicose como fonte de energia, ou seja, a atividade física tem um papel semelhante ao da insulina. Outra vantagem é que exercícios regulares levam à perda de peso, o que ajuda a melhorar o controle do diabetes. "A atividade física ainda contrabalança o estresse, um fator que agrava o quadro de diabetes", diz a endocrinologista Denise Franco
 
Diabetes, na fase inicial, não provoca sintomas. VERDADE: na fase inicial da doença, o único indicativo é mesmo o exame de sangue. "Diferentemente de outras doenças, o diabetes não provoca dor. Até chegar às complicações severas, o paciente pode levar 10, 15 anos", afirma o endocrinologista Felipe Gaia. Por isso, é importante que os pacientes sejam bem orientados pelos médicos, para que não fiquem relapsos com o tratamento
 

SE EU SOUBESSE … by Marcelo Rittner

Fonte foto: Wagner e Dalva Edna (avó)
SE EU SOUBESSE…
Se eu soubesse que seria a última vez
Que eu a veria adormecida,
Eu a apertaria mais estreitamente em meus braços
E pediria a Deus que guardasse sua alma.
Se eu soubesse que seria a última vez
Que a visse sair pela porta,
Eu a abraçaria e beijaria
E lhe pediria para repetir.
Se eu soubesse que seria a última vez,
Escutaria sua voz erguerse em elogios,
Gravaria em video cada ação e palavra
Para escutá-las de novo, dia após dia.
Se eu soubesse que seria a última vez,
Sobraria um minuto
Para parar e dizer “Eu te amo”,
Em vez de supor que você soubesse o quanto te amo…
Se eu soubesse que seria a última vez,
Estaria presente para compartilhar o seu dia.
Mas como tenho certeza de que haverá muitos mais,
Que importa que passe mais este…
Porque seguramente sempre haverá um amanhã
Que compense minha falta de visão,
Pois sempre nos darão uma segunda oportunidade
Para que tudo se arranje perfeitamente.
Sempre haverá outro dia
Para dizer “Eu te amo”
E seguramente haverá outra oportunidade
Para dizer “Posso te ajudar?”.
Mas no caso de estar enganado
E que hoje fosse o último dia,
Gostaria de dizer-lhe o quanto te amo
E Deus queira que nunca nos esqueçamos disso.
Ninguém tem a vida garantida
Nem os jovens, nem os velhos,
E talvez hoje seja nossa última oportunidade
De abraçar com força quem amamos.
De modo que se você espera até amanhã,
Por que não fazê-lo hoje?
Porque se o amanhã nunca chegar
Você certamente lamentará o dia
Em que não teve tempo
Para sorrir, abraçar ou beijar,
E estava ocupado demais para dar a alguém
O que seria seu último desejo.
Portanto, abrace quem você ama hoje
E lhe sussurre
O quanto o ama
E que será para sempre.
Guarde um tempo para dizer “Sinto muito”;
“Perdoe-me, por favor”; “Obrigado”; “Não se preocupe”

E se o amanhã nunca chegar,
Você nunca lamentará o que fez hoje.

by Marcelo Rittner

Idosos são grupo que mais cresce no Facebook


São Paulo, 18/01/2014 - Quando Mark Zuckerberg criou o Facebook enquanto estudava em Harvard, provavelmente, não imaginava a terceira idade como o principal nicho de mercado de sua plataforma. Mas, quase uma década depois, o futuro dessa rede social depende cada vez mais de sua adoção entre os idosos.
 
Em 2013, os maiores de 65 anos foram o grupo que mais cresceu na maioria das redes sociais nos Estados Unidos, incluindo Facebook e Twitter, aumento que contrasta com uma leve diminuição no número de usuários mais jovens, segundo um levantamento recente do Centro de Pesquisas Pew. Agora, portanto, os jovens não só compartilham o espaço virtual com seus pais e tios, mas também com seus avós.
 
A pesquisa revela que, embora o Facebook continue reinando entre as redes, seu alcance é tão grande que começa a chegar ao limite. Além disso, um crescente número de usuários já divide seu tempo entre várias redes sociais.
 
Segundo o Pew, 71% dos internautas americanos têm um perfil no Facebook, representando 4% a mais em relação ao fim de 2012. Mas esse aumento se deve unicamente aos maiores de 30 anos e, sobretudo, à sua expansão entre os maiores de 65 anos.
 
A porcentagem de usuários maiores de 65 anos na rede criada por Zuckerberg nos EUA cresceu 10% no último ano, e o site já alcança 45% dos que usam a internet com essa idade.
 
Menos jovens
 
O aumento contrasta com a redução de 2% (86% em 2012 para 84% em 2013) dos usuários entre 18 e 29 anos. Outro estudo divulgado esta semana, da consultoria iStrategy, indicou queda entre usuários do ensino médio e do ensino superior nos Estados Unidos. Entre 2011 e 2014, a rede social perdeu cerca de 11 milhões de usuários jovens.
 
Embora os jovens ainda sejam, de longe, os principais usuários das redes sociais, os números não mentem: o potencial de crescimento é muito maior na terceira idade.
"A demografia das audiências das redes sociais pode mudar ao longo do tempo e, como em qualquer negócio, as redes que mudam com elas prosperarão", afirmou Tammy Gordon, vice-presidente da Associação Americana de Aposentados.
 
Novos hábitos
 
Thomas Kamber, diretor e fundador do Older Adults Technology Services (OATS, ou Serviços de Tecnologia para Idosos), se queixou que as empresas do setor só pensam nos jovens. "É uma pena, porque são os mais velhos que provam a qualidade de seus produtos. Se funciona para os idosos, funciona para todos", afirmou Kamber.
 
Tammy destacou que a terceira idade utiliza smartphones e tablets, joga videogames e compra pela internet igual aos jovens. Além disso, recorre às redes sociais para manter contato com parentes e amigos.
 
O interesse crescente das pessoas mais velhas pela tecnologia se deu "nos últimos dois ou três anos", segundo Kamber, que há dez anos fundou uma organização que oferece aulas de informática para aposentados em Nova York.
 
Para Kamber, esse fenômeno pode ser atribuído ao fato de que os idosos dispõem hoje de suficientes noções de informática e têm muita vontade de se manter ativos. "Eles querem se envolver no mundo. A tecnologia é uma forma de conseguir isso. Estão pedindo mais participação na sociedade digital. Além disso, há três anos quase nenhum aposentado sabia utilizar um computador. Agora, sim. E estar no Facebook é o passo seguinte", afirmou o diretor da OATS. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.