terça-feira, 15 de junho de 2021

Reabilitação Pós Tratamento Hospitalar de Covid-19


O programa de reabilitação Pós-Covid é indicado para pacientes que evoluíram com fraqueza muscular, dificuldade da marcha, limitações físicas, perda de força e equilíbrio, além de déficits neurológicos em decorrência tanto da internação prolongada, quanto das sequelas diretas da doença.

O processo de reabilitação tem como objetivo o alívio da dor, a recuperação funcional articular, o ganho de massa muscular e o restabelecimento da amplitude articular. O paciente deve ser acompanhado por fisioterapeutas especializados que se utilizam de protocolos específicos visando principalmente devolver ao paciente qualidade de vida e um retorno pleno de suas atividades diárias.

Sintomas associados ao COVID

Sintomas Não-neurológicos

  • 85% Fadiga
  • 47% Depressão ou ansiedade
  • 46% Falta de ar
  • 37% Dor no peito
  • 33% Insônia
  • 30% Variação de pressão
  • 29% Queixas gastrointestinais

Objetivos da Reabilitação

  • Alívio da dor
  • Restabelecimento da amplitude muscular
  • Ganho de massa e tônus muscular
  • Equilíbrio funcional
  • Melhora da capacidade pulmonar

Objetivos da atenção domiciliar na reabilitação das sequelas 

Sistema de home care e equipe interdisciplinar pode ser necessário para tratar os diferentes problemas decorrentes da doença.

Mesmo passadas semanas ou meses da recuperação da fase aguda da Covid-19 muitos pacientes precisam receber acompanhamento, e nessa fase é que o serviço de atenção domiciliar é importante, pois permite ao paciente continuar o tratamento com uma equipe interdisciplinar, que faz uma análise conjunta de suas necessidades para proporcionar uma assistência integral à saúde. E a reabilitação é toda feita em casa, evitando o risco de novo contágio em ambientes ambulatoriais.

Sequelas Pós Covid-19 e sua respectiva reabilitação

A dificuldade para respirar (a dispneia) após pequenos esforços está entre as principais sequelas da Covid-19. Nesses casos, o paciente precisa de uma reabilitação específica para recuperar a aptidão física e a tolerância ao esforço, o que inclui a prática de exercícios respiratórios.

Nos quadros mais graves, o paciente fica temporariamente dependente do oxigênio extra. Durante essa fase, os cilindros são fornecidos pela empresa de atenção domiciliar. Ao apresentar melhoras, o paciente é submetido a uma reabilitação gradual a fim de respirar sozinho.

A fraqueza muscular é outra sequela importante, principalmente em internações superiores a 15 dias. Nos setores de isolamento, os pacientes não têm permissão de sair do leito e perdem a massa muscular e a motricidade. Nos casos graves, podem desenvolver polineuromiopatia, uma disfunção nos nervos periféricos que dificulta os movimentos. A sequela pode ser causada ainda pelo uso de bloqueadores neuromusculares, medicamentos que paralisam os músculos dos pacientes em ventilação mecânica.

Além da fisioterapia, a recuperação requer acompanhamento nutricional. Nutricionistas alinham com a equipe médica o aporte calórico e proteico necessário. Em pacientes com a função renal preservada, a programação alimentar deve contemplar no início entre 1,9 grama e 2,5 gramas de proteína por quilo de peso corporal. A dieta sofre ajustes até a recuperação total.

Psicólogos, que integram as equipes interdisciplinares, também podem dar suporte a pacientes e familiares que apresentam depressão, ansiedade e outros distúrbios mentais após a Covid-19. O que não é incomum.

Embora exista no Brasil há décadas, a atenção domiciliar ganhou outro patamar com a pandemia. Ela oferece em casa cuidados às pessoas curadas da doença, de modo a evitar que esses pacientes tenham de permanecer em hospitais, onde, mais do que nunca, precisamos de leitos disponíveis para dar assistência aos infectados pelo coronavírus.


FONTE: Revisão bibliográficas (revista veja)

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