sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Umidade do Ar x Saúde




UMIDADE RELATIVA DO AR

Significa, em termos simplificados, quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento com relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e inicio da Primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta:

* Sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente,
* Em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa,
* Quando a temperatura diminui (orvalho).

PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE DO AR

* Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
* Sangramento pelo nariz;
* Ressecamento da pele;
* Irritação dos olhos;
* Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
* Aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas

CUIDADOS A SEREM TOMADOS

Entre 20 e 30% - Estado de Atenção

* Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas
* Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.
* Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.
* Consumir água à vontade.


Entre 12 e 20% - Estado de Alerta

* Observar as recomendações do estado de atenção
* Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas
* Evitar aglomerações em ambientes fechados
* Usar soro fisiológico para olhos e narinas


Abaixo de 12% - Estado de emergência

Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta

Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc.

Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas etc entre 10 e 16 horas

Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.


INVERNO E SAÚDE - INFORMAÇÃO

Baixa temperatura, baixa umidade do ar e ventos frios, provocam o aumento das moléstias respiratórias durante o Inverno e Primavera. A causa principal é a ação de poeiras e de micro-insetos (ácaros) que se desenvolvem junto ao mofo e se acumulam nas roupas, cobertores etc, guardadas por longo tempo nos armários. Algumas recomendações que podem atenuar o efeito são:

* Manter arejados os ambientes internos. No Inverno, abrir as janelas entre 10 da manhã e 5 da tarde é uma boa medida.
* O uso de aparelhos para purificação do ar (esterilair) também pode ser recomendado.
* Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeiras.
* Evitar roupas e cobertores de lã ou com pêlos. Agasalhos recomendados: malha, moleton, nylon ou couro.
* Colocar as roupas típicas de inverno (blusas de lã, cobertores etc) no sol.
* Recobrir colchões, travesseiros e almofadas com plásticos. A cama deve estar afastada da parede. Coloque livros e objetos em armários fechados. Limpar a casa com pano úmido (principalmente os cantos do quarto, beiradas e estrados da cama). Evite produtos de limpeza com cheiro ativo, preferindo o álcool.
* Evitar permanecer em cômodos úmidos, fechados, lidar com papéis, roupas e objetos guardados por muito tempo.
* Evitar animais de pêlo ou pena dentro de casa.
* Não permitir que fumem em ambientes internos.
* Sem restrição quanto ao consumo de sorvetes e chocolates.

Verão e Hidratação






O verão e Carnaval chegou então… o que você mais quer é EXIBIR O CORPÃO! Vá em frente, mas cuidado para não pagar mico desmaiando ou ficando com pele e cabelos ressecados. Lembre-se da HIDRATAÇÃO!

Nosso corpo elimina água diariamente através da urina, fezes, respiração (é sim, respiração, perdemos água, na forma de vapor, pela pele e pulmão que não percebemos) e transpiração. E no verão a temperatura aumenta e junto com ela a temperatura do nosso corpo e procurando manter a temperatura normal SUAMOS! O suor elimina água e também sais minerais, elementos essenciais. Temos que repor todo dia no mínimo 8 copos de água assim o coração, os rins e outros órgãos vão funcionar melhor. E ai você me pergunta: “Eu tenho que me entupir de água todo dia?” NÃO! Não só apenas a água nos hidrata, existem outras opções como:

*Chás
: gostosos, refrescantes (chás gelados), cheios de nutrientes e o melhor é que tem muito pouca caloria (principalmente se não for consumido com açúcar) é PERFEITO! A não ser… não devemos ingerir mais de 3vezes por dia o mesmo chá e nem durante mais de 30 dias, pois existem os efeitos químicos das ervas que cada tipo de chá possui. Então podem se hidratar com chá, mas tenha cuidado.

*Sucos: deliciosos, variados, cheios de nutrientes, mas possui bem mais calorias que os chás e em excesso podem ajudar no aumento de peso devido a açucares vindos do açúcar mesmo e também do açúcar natural das frutas. Porém um dia todo de praia e comida leve acompanhada de um suquinho não vai deixar ninguém acima do peso, é só gastar dando uma caminhada ou nadando.

*Alimentos hidratantes: frutas inteiras e vegetais é uma boa pedida. A melancia é uma das frutas que tem mais água na sua composição, são 94% de água. Nos vegetais a boa pedida é o Tomate, também, como na melancia, possui 94% de água. Outros alimentos: Alface (95%), espinafre (92%), Laranja (88%), banana (72%), etc.

*Água de coco: tem coisa melhor num dia de sol, olhando pro mar e com aquela brisa gostosa? Pois é, saibam que a água de coco é uma OTIMA pedida, é maravilhosa para hidratar e repor sais minerais. Mas cuidado! Quem tem Hipertensão Arterial deve tomar cuidado com a quantidade ingerida. Ela é rica em sais e em excesso, junto com o calor da praia, pode aumentar a pressão arterial.

*Bebidas alcoólicas, cafeína, refrigerantes, sucos artificiais: O uso excessivo e constante de café ou outras bebidas ou produtos que contenham cafeína (exemplo: guaraná em pó) também levam a uma maior perda de água; o mesmo ocorre com o uso freqüente de bebidas alcoólicas. Então não exagere! Prefira tomar uma bebidinha a noite onde o clima está mais fresco, prefira pela manhã tomar as outras sugestões. Refrigerantes ou sucos artificiais não serão bem vindos na hidratação. Devido aos produtos químicos que possui, não devem ser consumidos com frequência. Além de tudo engordam!

*ÁGUA:
enfim a melhor maneira de se hidratar. Não é calórica, não tem problemas de substancias químicas, ou excesso de sais minerais, É PERFEITA! Muita gente não gosta de água e só toma quando sente sede, mas mal sabem que quando a sede aperta quer dizer que já estamos desidratando e o organismo está mandando um sinal para buscar água. Se você não atender esse sinal o seu corpo aprende a trabalhar com menos água e diminui o seu metabolismo (energia que gastamos para viver). Isso dificulta o funcionamento do organismo e ATENÇÃO: atrapalha quem quer perder peso.

Bom agora é só curti o verão e pular o carnaval ... em forma e com cuidado!!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Carnaval, beijos e saúde bucal: não descuide e aproveite!





Carnaval ... semana em que o país explode de confete e serpentina

Das antigas marchinhas de carnaval até os trios eletricos de hoje, correu muita água debaixo da ponte. Antes os jovens flertavam e hoje a galera fica. O ficar depende de cada um, mas é importante concientizar -se dos riscos para ficar tranquilo.

O vírus que causa a mononucleose infecciosa, o Epstein-Barr, necessita apenas do contato da mucosa com a saliva contaminada para sua transmissão – ou seja, apenas um beijo de língua! Como lembra o médico Cícero Lascala, mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela USP – Universidade de São Paulo, "é por isso que a mononucleose é também conhecida como a "doença do beijo" e sua propagação aumenta muito logo depois do carnaval".

A mononucleose caracteriza-se por sintomas como febre, mal-estar físico, dores de cabeça e de garganta, aumento de gânglios, ínguas no pescoço e inflamação do fígado – a hepatite. Como se trata de um vírus, é importante que os possíveis infectados alimentem-se bem, durmam pelo menos oito horas por dia e até mesmo consumam complexos vitamínicos. Para Cícero Lascala, isso vale também para outras doenças que podem ser transmitidas pelo beijo, como a tuberculose, a hepatite, a sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis.

"Uma higienização oral com boa frequência diária, com escovação e uso do fio dental, ajuda ainda a evitar problemas como a transmissão de cárie, que se aproveita da troca de salivas", acrescenta o especialista.

Nunca é demais lembrar que o sexo oral deve ser praticado com o uso de preservativos, pois doenças sexualmente transmissíveis são detectadas em maior número logo após o carnaval, como a crista de galo, a gonorreia, a sífilis e a Aids.

Uma visita ao cirurgião-dentista pode ser decisiva para facilitar o diagnóstico precoce de diversas doenças, inclusive o câncer bucal e a Aids, através do exame clínico de rotina da cavidade bucal, papilas e glândulas do pescoço.

Finalmente, é sempre bom levar em conta que a alimentação durante o carnaval deve, sempre que possível, ter como base alimentos saudáveis e isentos de carboidratos, incluindo-se no cardápio frutas, verduras, legumes e carnes magras, evitando-se o consumo de açúcar, seja em refrigerantes ou em forma de doces, além de alimentos industrializados, pois estes contêm açúcar em sua formulação.

Chuvas, inundações e doenças




Chove em todo o Brasil.

Entra ano, sai ano e as fortes chuvas que costumam cair no verão sempre provocam alagamentos em várias partes do país. Em função desses desastres, muitos moradores das regiões prejudicadas pelas cheias perdem seus bens e ficam desabrigados, como ocorreu na tragédia de Santa Catarina, em novembro de 2008, o desastre em Rio de Janeiro em 2010 deixando milhares de mortos e desabrigados, o caos das enchentes em São Paulo, e quase todos os dias esta frase tem sido ouvida nos principais noticiários da TV, nos últimos dias: "Com a chuva vem as inundações e os casos de Lepstopirose".

Lepstopirose é uma zoonose de ampla distribuição geográfica, acometendo os animais e o homem, e causada por uma bactéria do gênero Leptospira; é doença sistêmica aguda caracterizada por intensa vasculite. Atinge áreas urbanas e rurais de todas as regiões do Estado de São Paulo, predominando no Município de São Paulo, Municípios das regiões da Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba e Piracicaba.

Pode ocorrer de forma endêmica e, principalmente, de forma epidêmica por exposição da população a uma fonte comum de infecção, por exemplo, as inundações na época das chuvas.

No nosso meio a Leptospirose, reflete principalmente a baixa qualidade de vida da população e apresenta nítida variação sazonal ocorrendo maior número de casos nos meses do verão e acometendo populações residentes em áreas de risco, onde há falta de saneamento básico, precárias condições de habitaçãopresença de lixo e córregos assoreados, propiciando o aumento da população murina (ratos) e o contato das pessoas com água ou lama de enchente contaminadas pela urina do roedor.

Além disso, a Leptospirose está associada a algumas atividades profissionais como trabalhadores de serviços de água e esgoto, lixeiros, tratadores de animais, plantadores de arroz, cortadores de cana-de-açúcar, magarefes entre outras.

Deve-se ressaltar que pela associação com atividades profissionais de risco e pelo fato de existir, em nosso Município, um número considerável de pessoas residindo em precárias condições, a Leptospirose ocorre durante o ano todo, inclusive casos fatais, até porque fora dos meses de muitas chuvas e enchentes não há divulgação da doença e a procura aos serviços de saúde pela população é menos rápida e o diagnóstico e tratamento precoces, por parte dos profissionais de saúde, também podem ser prejudicados.

A transmissão para o homem pode ocorrer:

* diretamente pelo contato com urina de animais infectados;
* indiretamente, o que é mais comum, por meio do contato com água e solos lamacentos contaminados com urina de animais infectados.

As leptospiras penetram pela mucosa íntegra (orofaríngea, nasal, ocular e genital) e pele escoriada ou macerada pela permanência prolongada em meio líquido.
A transmissão pelo contato com sangue, tecidos e órgãos de animais contaminados, por ingestão de água ou alimentos contaminados, acidental em laboratório e por via transplacentária têm sido relatadas porém com muito pouca freqüência.

As manifestações clínicas são muito variáveis, com diferentes graus de severidade, ocasionando desde infecção assintomática a formas clínicas leve, moderada e grave que pode levar à morte. Essas formas clínicas podem apresentar ou não icterícia.
As formas anictéricas representam, na literatura médica, 90 a 95% de todos os casos mas, devido às dificuldades inerentes à suspeita e à confirmação da doença, não chegam a atingir 40% nos nossos registros de casos confirmados. Essas formas clínicas podem ser leve, moderada ou grave. O início da doença é geralmente súbito, com febre, cefaléia, mialgias, anorexia, náuseas e vômitos. A forma leve cursa somente com essa sintomatologia, dura de 1 a vários dias e, freqüentemente, é confundida com a gripe, uma "virose" e a dengue. Quadro clínico com maior gravidade pode ocorrer apresentando-se classicamente como uma doença febril bifásica.

Tratamento

A antibioticoterapia está indicada para todos os casos com suspeita da doença.
Os casos leves poderão ser tratados ambulatorialmente com orientação de repouso, hidratação e retornos diários para acompanhamento e avaliação do surgimento de sintomatologia mais grave.

* Amoxicilina 500 mg VO de 8 em 8 hs ou Doxiciclina 100 mg VO de 12 em 12 hs ou Ampicilina 500 mg VO de 6 em 6 hs durante 5 a 7 dias.

* Casos moderados e graves: tratamentos a nível hospitalar.

Penicilina G Cristalina 6 a 12 milhões de unidades diárias em 4 a 6 tomadas ( para crianças, 50.000 a 100.000 unidades/kg/dia);

alternativas à Penicilina: Ampicilina 4g por dia (para crianças, 50 a 100 mg/kg/dia),Tetraciclina 2g por dia ou Doxiciclina 100mg de 12 em 12 hs. Período de Tratamento: 7 a10 dias.
Atenção: Devido aos efeitos adversos da Doxiciclina e da Tetraciclina, elas não deverão ser utilizadas em crianças menores de 9 anos, mulheres grávidas e portadores de nefropatias e hepatopatias.

Como terapêutica de suporte, poderá ser necessário realizar reposição hidroeletrolítica, assistência cárdio-respiratória, transfusões de sangue e derivados, nutrição enteral ou parenteral, proteção gástrica, etc.
O acompanhamento do volume urinário e da função renal é fundamental para se indicar a instalação de diálise precoce, o que reduz o danorenal e a letalidade da doença.

Para maiores detalhes sobre tratamento e acompanhamento dos casos suspeitos, principalmente os que necessitarem internação hospitalar, consultar o Informe Técnico de Leptospirose do CVE-SES-SP no site www.cve.saude.sp.gov.br

Referências Bibliográficas:

* Manual de Vigilância Epidemiológica – Leptospirose, Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, SP, 1994.
* Guia de Vigilância Epidemiológica, Volume II, Fundação Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, 2002.