terça-feira, 26 de junho de 2012

Tratamentos contra a Depressão


São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:
  • Psicoterapia
  • Medicação
  • Eletroconvulsoterapia
  • Atividade física

Psicoterapia

A emoção negativa “depressão” pode diminuir ou desaparecer mediante dois procedimentos: uso de medicamentos (que atuam nos neurotransmissores e nos neuroreceptores cerebrais) e, através de práticas psicoterápicas e psicopedagógicas de aperfeiçoamento da personalidade. Nesse último caso pleiteie-se que a pessoa passe a conhecer melhor suas emoções, como, por exemplo, a Depressão. Através de novos conhecimentos e da mudança do comportamento pretende-se que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma.
Devido ao afeto depressivo/negativo de o portador da depressão, as sensações físicas corriqueiras e habituais, que ocorrem frequentemente em todos nós, nos deprimidos as avaliações dos acontecimentos tendem a ser vistas e julgadas pelo modo mais desfavorável. Os deprimidos esperam sempre o piorUma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio. Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.
A psicoterapia, principalmente a Comportamental, funciona (age) de modo inverso ao dos medicamentos. A ação terapêutica da psicoterapia focaliza inicialmente a maneira de pensar, sentir e agir do paciente. Uma vez modificada a área comportamental, muda-se também, de modo natural (de maneira espontânea, não planejada), os defeitos da parte químicas antes existentes, isto é, normaliza-se a função antes defeituosa dos neurotransmissores e neuro-receptores.

Medicação

Há milhares de anos o homem já sabia que o álcool (o vinho com sua química) agia sobre as emoções, pensamentos e comportamentos. Há anos também o homem descobriu e usou outras substâncias químicas para aliviar dores, angústias, mudar a percepção da realidade e proporcionar momentos de bem-estar (ópio e outros produtos químicos).
O tratamento medicamentoso para a Depressão visa a realizar mudanças bioquímicas interiormente de tal forma que haveria um aumento no nível dessas substâncias chamadas de neurotransmissores (serotonina, dopamina, noradrenalina, etc.). O aumento dos neurotransmissores seriam os responsáveis pela melhora da depressão e um reequilíbrio no aproveitamento dos neuroreceptores. Quando o efeito químico tem sucesso ocorrem mudanças na maneira de sentir a realidade, de pensar, de memorizar, mudanças corporais, etc., modificando inteiramente o comportamento do paciente. O organismo que agia disfuncionalmente passa a agir de modo funcional, mais adaptado à realidade experimentada.
Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a Fluoxetina (nome comercial Prozac, Daforin...) e a Sertralina (nome comercial Zoloft). Outros antidepressivos usados são: Inibidor da MAO, Inibidor da recaptação de dopamina, Inibidor da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina, Antidepressivo tricíclico e Antidepressivo tetracíclico.


A principal atuação dos antidepressivos é aumentar (ou facilitar o aproveitamento) a disponibilidade (diminuir o desperdício) de monoaminas, entre elas a serotoninadopaminanoradrenalina e adrenalina. Apesar do nome, os antidepressivos também são usados, com sucesso, no tratamento de diversos outros transtornos como os de ansiedade, pânico, obsessão-compulsão, fobias e outras doenças. Medicamentos antidepressivos e certas psicoterapias promovem uma expressiva correção no nível dos neurotransmissores e, concomitantemente, também um ajuste na quantidade e qualidade dos neuro-receptores.

Eletroconvulsoterapia


A ECT - eletroconvulsoterapia é um tratamento extremamente eficaz e seguro para doenças psiquiátricas, principalmente a depressão. O objetivo é promover uma estimulação elétrica no cérebro com a finalidade de induzir uma crise convulsiva que dura ao redor de 30 segundos, mas já suficiente para aliviar os sintomas das doenças. O tratamento é feito em sessões, o número de aplicações é definido pelo psiquiatra. Tudo é feito em um ambiente hospitalar, com o paciente anestesiado para que não sinta desconforto ou dor e a liberação é feita no mesmo dia.


Apesar do alto índice de eficácia e da segurança do tratamento, a técnica ainda é incompreendida e confundida com tratamento doloroso, antiquado ou mesmo tortura. Antigamente a ECT era conhecida como “eletrochoque”. Nos anos 50, com a descoberta de remédios com efeitos antipsicóticos, antidepressivos e estabilizadores do humor, a ECT começou a ser vista negativamente. No entanto, nenhuma droga, até o momento, se iguala, em eficácia, à ECT. 


Quando os profissionais começaram a observar as limitações do efeito das medicações o interesse pela ECT voltou a crescer. Em 1959, foi relatado o uso de anestesia durante o procedimento. A partir dos anos 70 a técnica foi extremamente aprimorada, com o desenvolvimento de aparelhos mais sofisticados, que permitem um controle preciso da carga fornecida, uso de anestesia, oxigenação, relaxamento muscular e monitoração detalhada das funções vitais.


Atualmente, estima-se que 50 mil pessoas recebam ECT por ano nos Estados Unidos, no Brasil ainda não há dados precisos, mas a técnica é amplamente utilizada nos melhores e mais conceituados hospitais de todo o país. Infelizmente o preconceito e a falta de informação ainda existem, mas a cada dia mais profissionais e pacientes reconhecem que a ECT é uma intervenção eficaz, segura e, muitas vezes, capaz de salvar a vida em certos transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco ou nenhum efeito.



Atividade Física


Um estudo feito nos Estados Unidos sugere a realização de exercícios físicos como uma "droga mágica" para a depressão e distúrbios de ansiedade. A equipe de cientistas pede que os médicos receitem mais esse tipo de terapia alternativa para os pacientes

O exercício físico pode ser útil para pessoas que não recorrem aos tratamentos convencionais por motivos como falta de acesso e alto custo ou por terem receio do estigma social relacionado a esse tipo de terapia. A atividade física pode ser um complemento para os tratamentos tradicionais, ajudando os pacientes a ficarem mais focados e animados. 


A atividade física parece afetar, assim como um remédio antidepressivo, certos sistemas de neurotransmissores no cérebro e ajuda pessoas com depressão a estabelecerem comportamentos mais positivos. Para pacientes com distúrbios de ansiedade, o exercício reduz o medo e sensações como o coração acelerado ou a falta de ar. A equipe recomenda que os profissionais que lidam com saúde mental estimulem os pacientes a praticar exercícios. A recomendação dos pesquisadores é fazer 150 minutos de atividades moderadas por semana ou 75 minutos de exercícios intensos.

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