terça-feira, 26 de junho de 2012

26 Junho - Dia Internacional do Combate às Drogas


A magnitude do problema do uso indevido de drogas, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.
Os motivos que podem levar uma pessoa a se entregar ao vício de drogas são vários e vão desde a necessidade de aceitação por um grupo até um problema de cunho familiar ou emocional. Da mesma forma são inúmeras as pessoas que se aproveitam disso para traficar e obter lucros com as fraquezas alheias.
Não adianta lutar contra o tráfico, enquanto crime, e esquecer de lutar contra às causas que levam as pessoas ao consumo e a dependência química. O combate às drogas deve se dar também no âmbito educacional, psico-social, econômico e até mesmo espiritual.
Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas. Todo usuário, e principalmente a sua família, arcam com as consequências decorrentes desse tipo de busca de prazer. 
Caminhos Disponíveis de Prevenção
Do medo - Os jovens não se aproximarão das drogas se as temerem. Para se criar o medo, basta mostrar somente o lado negativo das drogas. Pode funcionar para crianças, e jovens enquanto elas acreditarem no adultos.
Das informações científicas - Quanto mais alguém souber sobre as drogas, mais condições terá para decidir usá-las ou não. Uma informação pode ser trocada por outra mais convincente e que atenda aos desinteresses imediatos da pessoa pela droga.
Da legalidade - Não se deve usar drogas porque elas são ilegais. Mas e as drogas legais? E todas as substâncias adquiridas livremente que podem ser transformadas em drogas? cabe aos politicos.
Do princípio moral - A droga fere os princípios éticos e morais. Esses valores entram em crise exatamente na juventude.
Do maior controle da vida dos jovens - Mais vigiados pelos pais e professores, os jovens teriam maiores dificuldades em se aproximar das drogas. Só que isso não é totalmente verdadeiro. Não adianta proteger quem não se defende.
Do afeto - Quem recebe muito amor não sente necessidade de drogas. Fica aleijado afetivamente quem só recebe amor e não o retribui. Droga é sentir prazer sem ter de devolver nada.
Da auto-estima - Quem tem boa auto-estima não engole qualquer "porcaria". Ocorre que algumas drogas não são consideradas "porcarias", mas "aditivos" para curtir melhor a vida.
Do esporte - Quem faz esporte não usa drogas. Não é isso o que a sociedade tem presenciado. Muitos reis do esporte perdem a majestade devido às drogas.
Da união dos vários caminhos - É um caminho composto de vários outros, cada qual com sua própria indicação. Cada jovem escolhe o mais adequado para si. Por enquanto, é o que tem dado os resultados mais satisfatórios.
Da integração relacional - Contribuição para enriquecer o caminho 9. Nesse trajeto, o jovem é uma pessoa integrada consigo mesmo (corpo e psique), com as pessoas com as quais se relaciona (integração social) e com o ecossistema (ambiente), valorizando a disciplina, a gratidão, a religiosidade, a ética e a cidadania.

Tratamentos contra a Depressão


São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:
  • Psicoterapia
  • Medicação
  • Eletroconvulsoterapia
  • Atividade física

Psicoterapia

A emoção negativa “depressão” pode diminuir ou desaparecer mediante dois procedimentos: uso de medicamentos (que atuam nos neurotransmissores e nos neuroreceptores cerebrais) e, através de práticas psicoterápicas e psicopedagógicas de aperfeiçoamento da personalidade. Nesse último caso pleiteie-se que a pessoa passe a conhecer melhor suas emoções, como, por exemplo, a Depressão. Através de novos conhecimentos e da mudança do comportamento pretende-se que a pessoa passe a melhorar sua relação com a realidade e consigo mesma.
Devido ao afeto depressivo/negativo de o portador da depressão, as sensações físicas corriqueiras e habituais, que ocorrem frequentemente em todos nós, nos deprimidos as avaliações dos acontecimentos tendem a ser vistas e julgadas pelo modo mais desfavorável. Os deprimidos esperam sempre o piorUma simples tontura, por exemplo, apesar de ser um acontecimento perfeitamente trivial na vida de qualquer pessoa, é percebida como algo mais sério pelo deprimido, como uma ameaça de desmaio. Por causa do afeto depressivo as pessoas passam a observar exageradamente o funcionamento de seus organismos. Ora verificando o ritmo intestinal, ora prestando muita atenção às sensações vagas, aos formigamentos, às dores aqui e ali, às indisposições, palpitações e assim por diante.
A psicoterapia, principalmente a Comportamental, funciona (age) de modo inverso ao dos medicamentos. A ação terapêutica da psicoterapia focaliza inicialmente a maneira de pensar, sentir e agir do paciente. Uma vez modificada a área comportamental, muda-se também, de modo natural (de maneira espontânea, não planejada), os defeitos da parte químicas antes existentes, isto é, normaliza-se a função antes defeituosa dos neurotransmissores e neuro-receptores.

Medicação

Há milhares de anos o homem já sabia que o álcool (o vinho com sua química) agia sobre as emoções, pensamentos e comportamentos. Há anos também o homem descobriu e usou outras substâncias químicas para aliviar dores, angústias, mudar a percepção da realidade e proporcionar momentos de bem-estar (ópio e outros produtos químicos).
O tratamento medicamentoso para a Depressão visa a realizar mudanças bioquímicas interiormente de tal forma que haveria um aumento no nível dessas substâncias chamadas de neurotransmissores (serotonina, dopamina, noradrenalina, etc.). O aumento dos neurotransmissores seriam os responsáveis pela melhora da depressão e um reequilíbrio no aproveitamento dos neuroreceptores. Quando o efeito químico tem sucesso ocorrem mudanças na maneira de sentir a realidade, de pensar, de memorizar, mudanças corporais, etc., modificando inteiramente o comportamento do paciente. O organismo que agia disfuncionalmente passa a agir de modo funcional, mais adaptado à realidade experimentada.
Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a Fluoxetina (nome comercial Prozac, Daforin...) e a Sertralina (nome comercial Zoloft). Outros antidepressivos usados são: Inibidor da MAO, Inibidor da recaptação de dopamina, Inibidor da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidor da recaptação de serotonina-noradrenalina, Antidepressivo tricíclico e Antidepressivo tetracíclico.


A principal atuação dos antidepressivos é aumentar (ou facilitar o aproveitamento) a disponibilidade (diminuir o desperdício) de monoaminas, entre elas a serotoninadopaminanoradrenalina e adrenalina. Apesar do nome, os antidepressivos também são usados, com sucesso, no tratamento de diversos outros transtornos como os de ansiedade, pânico, obsessão-compulsão, fobias e outras doenças. Medicamentos antidepressivos e certas psicoterapias promovem uma expressiva correção no nível dos neurotransmissores e, concomitantemente, também um ajuste na quantidade e qualidade dos neuro-receptores.

Eletroconvulsoterapia


A ECT - eletroconvulsoterapia é um tratamento extremamente eficaz e seguro para doenças psiquiátricas, principalmente a depressão. O objetivo é promover uma estimulação elétrica no cérebro com a finalidade de induzir uma crise convulsiva que dura ao redor de 30 segundos, mas já suficiente para aliviar os sintomas das doenças. O tratamento é feito em sessões, o número de aplicações é definido pelo psiquiatra. Tudo é feito em um ambiente hospitalar, com o paciente anestesiado para que não sinta desconforto ou dor e a liberação é feita no mesmo dia.


Apesar do alto índice de eficácia e da segurança do tratamento, a técnica ainda é incompreendida e confundida com tratamento doloroso, antiquado ou mesmo tortura. Antigamente a ECT era conhecida como “eletrochoque”. Nos anos 50, com a descoberta de remédios com efeitos antipsicóticos, antidepressivos e estabilizadores do humor, a ECT começou a ser vista negativamente. No entanto, nenhuma droga, até o momento, se iguala, em eficácia, à ECT. 


Quando os profissionais começaram a observar as limitações do efeito das medicações o interesse pela ECT voltou a crescer. Em 1959, foi relatado o uso de anestesia durante o procedimento. A partir dos anos 70 a técnica foi extremamente aprimorada, com o desenvolvimento de aparelhos mais sofisticados, que permitem um controle preciso da carga fornecida, uso de anestesia, oxigenação, relaxamento muscular e monitoração detalhada das funções vitais.


Atualmente, estima-se que 50 mil pessoas recebam ECT por ano nos Estados Unidos, no Brasil ainda não há dados precisos, mas a técnica é amplamente utilizada nos melhores e mais conceituados hospitais de todo o país. Infelizmente o preconceito e a falta de informação ainda existem, mas a cada dia mais profissionais e pacientes reconhecem que a ECT é uma intervenção eficaz, segura e, muitas vezes, capaz de salvar a vida em certos transtornos nos quais outras intervenções tiveram pouco ou nenhum efeito.



Atividade Física


Um estudo feito nos Estados Unidos sugere a realização de exercícios físicos como uma "droga mágica" para a depressão e distúrbios de ansiedade. A equipe de cientistas pede que os médicos receitem mais esse tipo de terapia alternativa para os pacientes

O exercício físico pode ser útil para pessoas que não recorrem aos tratamentos convencionais por motivos como falta de acesso e alto custo ou por terem receio do estigma social relacionado a esse tipo de terapia. A atividade física pode ser um complemento para os tratamentos tradicionais, ajudando os pacientes a ficarem mais focados e animados. 


A atividade física parece afetar, assim como um remédio antidepressivo, certos sistemas de neurotransmissores no cérebro e ajuda pessoas com depressão a estabelecerem comportamentos mais positivos. Para pacientes com distúrbios de ansiedade, o exercício reduz o medo e sensações como o coração acelerado ou a falta de ar. A equipe recomenda que os profissionais que lidam com saúde mental estimulem os pacientes a praticar exercícios. A recomendação dos pesquisadores é fazer 150 minutos de atividades moderadas por semana ou 75 minutos de exercícios intensos.

Tipos de Depressão e Classes de Depressão quanto à gravidade dos sintomas



Depressão Típica


Ela se manifesta com todos os sintomas emocionais mais conhecidos e falados acerca do que chamamos de “depressão”: apatia, desinteresse, tristeza, desânimo, etc. O paciente sempre se queixa ou demonstra um cansaço ou inibição das atividades físicas e psíquicas, como se perdesse a energia geral. Para eles as atividades parecem cansativas, difíceis e tediosas. Falta energia para tolerar e conviver com o próximo, tolerância para aceitar o jeito de ser dos outros, ânimo para resolver os problemas da vida e otimismo para acreditar que as coisas estão bem.
O cliente portador da Depressão Típica pode apresentar vários sintomas emocionais negativos (desagradáveis): ansiedade, tristeza, desânimo, apatia, desinteresse, irritabilidade, indisposição, insegurança. Na área cognitiva (raciocínio) nota-se um modo de pensar lento e trabalhoso. Há ainda dificuldade para reter e lembrar (memória), consequentemente tende a ficar confuso e ter dificuldade para resolver problemas fáceis. Por tudo isso, os acontecimentos descritos por estes pacientes denotam pessimismo e negatividade. Os sentimentos do deprimido são de desesperança, de desprezo por si mesmo. Muitas vezes imagina-se culpado e responsável pela doença ou problema dos outros, principalmente dos familiares. Devido a essa imaginação aparecem os pensamentos de suicídio, bem como o suicídio.
Organicamente o paciente pode sentir indisposição, apatia, sensação de pressão na cabeça e zonzeira. Na esfera sexual é comum ocorrer impotência ou frigidez sexual e/ou desinteresse pelo sexo, bem com para tudo; Alguns deprimidos ficam quietos, muitas vezes deitados. Outros, entretanto, não conseguem ficar parados, estes são os Deprimidos Agitados.

Depressão Atípica

A Depressão Atípica é uma maneira disfarçada da Depressão se apresentar. Uma grande parcela dos portadores de Depressão exibe a ansiedade como principal sintoma. Na maioria das vezes os medicamentos clássicos (tricíclicos e inibidores da recaptação serotonina) atuam nos sintomas depressivos e da ansiedade. O cliente pode apresentar além da ansiedade os sintomas: fobia, pânico, palpitação, sudorese, formigamento, tontura, hipertensão, taquicardia e outros, ou seja, uma série de emoções negativas, como é a depressão.

Classes de Depressão quanto à gravidade dos sintomas

Quanto à gravidade dos sintomas as depressões são divididas em episódio depressivo leve, moderado e grave.

Episódio depressivo leve

Estão presentes no mínimo dois ou três dos sintomas citados anteriormente. O paciente usualmente sofre com a presença destes sintomas, mas provavelmente será capaz de desempenhar a maior parte de suas atividades normais. Para afirmarmos que o paciente está deprimido (leve, não grave ou profundo) ele deverá se sentir triste e desanimado durante meses, quase sem nenhum prazer ou interesse por atividades que antes apreciava.

Episódio depressivo moderado

Para assim ser chamado, precisa apresentar no mínimo quatro, ou mais, dos sintomas citados anteriormente. O paciente apresentará acentuada dificuldade para desempenhar suas atividades costumeiras.

Episódio depressivo Grave

A doença, para ser diagnosticada de Depressão Maior (grave, profunda), deve durar pelo menos duas semanas. Os episódios depressivos graves dividem-se em dois grupos:
  • Episódio depressivo sem sintomas psicóticos

    Neste caso há vários sintomas graves e também maiores quantidade de sintomas leves e moderados: perda da autoestima, ideias de desvalia, culpa e de suicídio, ou atos suicidas e vários sintomas somáticos (físicos ou orgânicos).

  • Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos

    Ocorrem, além dos sintomas existentes na depressão grave sem sintomas psicóticos, alucinações, ideias delirantes, lentidão psicomotora ou estupor. As atividades sociais normais tornam-se impossíveis.

Depressão pós-parto

Em alguma situações pós-parto surge depressão que é chamada de "depressão pós-parto". Este tipo de depressão pode dever-se a perturbações e alterações do foro emocional e/ou hormonal, uma vez que o corpo da mulher sofre demasiadas alterações com o nascimento de um bebê.

Distúrbio afetivo sazonal

Este distúrbio caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem desaparecer na primavera ou no verão, quando então tendem a apresentar uma fase maníaca.
  • Depressao da Tensão pré-menstrual (TPM):

    Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 3% e 8% das mulheres em idade fértil.
  • Depressão do Luto:

    é considerada uma resposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, desespero, alienação social e raiva. O período de recuperação consome outros 3 a 6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar continua muito intenso, pode desenvolver uma depressão propriamente dita.

Causas ou Origens da Depressão




A causa da depressão permanece desconhecida. A explicação mais aceita parece ser a que se fundamenta no desequilíbrio (desarmonia, imperfeição, defeito) bioquímico dos neurônios responsáveis capacidade de reagir de imediato em determinadas situações, resumindo, um defeito no controlador (monitor) do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos, pois os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente da serotonina.
Fatores Psicossociais – As pessoas que já experimentaram períodos de depressão geralmete tendem a relatar um determinado acontecimento estressante como sendo o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é um fato bastante citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo lamento e mal-estar. Exemplos de eventos estressantes é a perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave. Pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventos naturais como enchentes podem dar origem à depressão em certas pessoas.. Mas a maioria dos indivíduos supera este sofrimento sem se tornar um deprimido.

Genética - Os indivíduos que reagem exageradamente às impressões ou sensações externas, isto é, os por mais sensíveis aos dissabores dos eventos, com respeitos aos aspectos clínicos, severidade e curso da doença bem como da resposta aos tratamentos. A epidemiologia reuniu dados mostrando que os transtornos do humor, incluindo a depressão, são substancialmente influenciados, entre outros, também pelos fatores genéticos. Sabe-se que estes componentes são altamente complexos. Diversos genes de efeito modesto em interação com eventos produzem a vulnerabilidade à doença. De outro modo. os genes facilitariam o desenvolvimento e a plasticidade (moldação ou modelamento) no sistema cerebral para ficar mais sensível a certas situações, mais propensos a ficarem deprimidos. O que torna uma pessoa vulnerável e outra não ainda é objeto de estudos. A influência genética é muito estudada em toda a medicina. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.
Relacionamento estressante - Trabalhos mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. Dentre os fatores psicossociais causadores de depressão, problemas relacionados à convivência e relacionamento no ambiente de trabalho também têm fundamental importância para o desenvolvimento da doença em questão. Para o behaviorismo um dos fatores correlacionados com a depressão é o desâmparo aprendido, que é a diminuição de comportamentos saudável após várias punições acontecidas independente da criança ter ou não errado.
Fatores Biológicos  - Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante, ainda que isto não esteja claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Evidências neurobiológicas mostram uma forte relação entre depressão com transtornos de ansiedade. Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão têm sintomas de ansiedade significativos e 90% dos pacientes com transtornos de ansiedade experienciam depressão em algum momento.
Factores Fisicos (Traumatismos) -   Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a    sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.    Isto cria situações físico-emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais. Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiada sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.
Medicamentos - Diversos remédios podem provocar ou agravar a depressão, por exemplo, os betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos, ansiolíticos e antiparkinsonianos e muitos outros. A retirada de vários medicamentos , principalmente medicação utilizada a longo prazo, podem provocar a depressaõ.

Tristeza ou Depressão



Quando me formei em Enfermagem, bem como nos primeiros anos de formado, com facilidade fazia o diagnóstico de “Depressão”. Fui ficando mais maduro e mais velho. Com o passar do tempo, passei a ter cada vez mais dificuldade em saber quem apresentava uma doença chamada “Depressão” e quem tinha apenas tristeza e desânimo passageiro. 


O que chamamos de “tristeza”, com suas variantes ligadas às emoções negativas (ruins), como o medo, ansiedade, culpa, desespero (emoções relacionadas ao sofrimento, isto é, desagradáveis), formam mapas com uma determinada configuração de um estado mental. O mesmo ocorre com o que chamamos “alegria” e suas variantes ligadas às emoções positivas (boas): ânimo, coragem, tranquilidade, segurança, etc.


As emoções são, resumidamente, os motores que buscam restaurar o equilíbrio e a harmonia perdida por instantes pelo organismo. Não se referem necessariamente à harmonia ou ao desacordo dos objetos e das situações exteriores (as do lado de fora do organismo), embora seja evidente que também o podem fazer: as emoções dizem respeito à harmonia e à desarmonia que ocorrem no interior do corpo.


Todos nós já convivemos com a “depressão” e com outras emoções negativas (medo, raiva, ansiedade, pânico, vergonha, ciúme, etc.), seja por ho­ras, dias, meses ou anos. A maior parte das pessoas entra e sai da “depressão” e de outras emoções desagradáveis com relativa facilidade, utilizando recursos próprios, quase sempre de maneira automática, se não usar nenhuma estratégia para reequilibrar o desarranjo ocorrido no seu estado emocional. A tristeza, inicialmente simples e leve, pode, pouco a pouco ou rapidamente, se tornar um transtorno depressivo, isto é, atingindo várias partes de seus sistemas corporais. Ela poderá, por exemplo, faltar ao serviço, perder o sono, alime­tar-se mal, passar a não se cuidar, agredir as pessoas ao seu redor afastando-as do seu convívio, etc. Desse modo, diversas atividades antes saudáveis e importantes fontes de prazer ou de calma, desaparecem do seu modo de viver.


A depressão é um transtorno emocional ou do afeto, como o próprio nome indica, mas que pode ter repercussões graves e sérias no relacionamento social, pois produz perturbações cognitivas, psi­comotoras, psicofisiológicas e ainda facilita a instalação da maioria, senão de todas as doenças orgânicas, pela diminuição das defesas imunitárias. Convém lembrar que algumas depressões parecem originar-se primariamente de distúrbios bioquímicos e, posteriormente, originam perturbações psicológicas. Por outro lado, certas depressões têm como causas iniciais transtornos psicológicos e sociais, ocor­rendo, posteriormente, as modificações bioquímicas.


O quadro da Depressão é o mais variável possível, de acordo com a personalidade da pessoa deprimida. Da mesma forma que cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua Depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras sentem dor de estômago, alguns têm aumento da pressão arterial, enfim, cada um reagirá diferentemente diante de suas emoções.