sábado, 11 de setembro de 2010

APH e ATLS



Iniciando o socorro às vítimas

Na maioria dos acidentes, o condutor e demais envolvidos não são profissionais de resgate e por isso devem se limitar a fazer o mínimo necessário com a vítima até a chegada do socorro, até então deve-se observar se a pessoa está respirando, e cuidar para mantê-la respirando. Talvez a vítima esteja consciente, se isso ocorrer, é necessário perguntar o que está sentindo e observar possíveis hemorragias. Em hipótese alguma se pode dar líquidos à vítima, e só encostar nos ferimentos se for para evitar grande perda de sangue.
Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente e com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo nestas situações difíceis, não se espera que alguém não habilitado faça algo para o qual não esteja preparado ou treinado.

Segundo a ABRAMET (2005) são quatro os procedimentos que podem agravar a situação das vítimas:
• movimentar uma vítima
• retirar capacetes de motociclistas
• aplicar torniquetes para estancar hemorragias
• dar alguma coisa para a vítima tomar

a) não movimentar a vítima
A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura de um braço ou perna. A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal
Ela que transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os braços e as pernas. Movimentando a vítima nessa situação, pode-se deslocar ainda mais a vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.
No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões nos nervos, levando a graves complicações.
Assim, a movimentação de uma vítima só deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum risco incontrolável.
Não havendo risco imediato, não movimentar as vítimas.
Até mesmo no caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselhe-as a aguardar sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.

b) não tirar o capacete de um motociclista
Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no crânio. Por isso deve-se aguardar a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que eles realizem essa ação.

c) não aplicar torniquetes
O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de exceção, quase nunca é aconselhado.
Sua utilização se restringe aos casos de amputação, avulsão e esmagamento.

d) não dar nada para a vítima ingerir
Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro já foi chamado, aguardar os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não. O motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida à cirurgia, o estômago com água ou alimentos, é fator que aumenta o risco no atendimento hospitalar.

Com exceção, dos casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos em situações de emergência, geralmente aplicados em baixo da língua. Não impedir o uso dos medicamentos que são rotina para eles.

Recomendasse sempre aguardar o socorro especializado, porém, infelizmente, no extenso território brasileiro, existem áreas em que este tipo de serviço especializado da saúde é escasso ou ineficiente. Por isso o material que será apresentado a seguir tem como objetivo descrever os procedimentos elementares de um socorrista na execução de sua atividade. É importante ressaltar que estas técnicas exigem treinamento e equipamentos adequados para obtenção do sucesso neste tipo de ação e somente podem ser executadas quando não existir qualquer possibilidade de socorro imediato.

Exame do acidentado : A avaliação da vítima segue a seqüência alfabética (A, B, C, D e E) que aborda procedimentos para avaliar rapidamente o acidentado, identificando e tratando os traumas que põem em risco sua vida.

Bibliografias:
Site: http://www.bombeirosemergencia.com.br
Livro: Manual do Socorrista, autor Fabio bortolotti, editora Expansão Editorial 2009.
Site: www.anvisa.gov.br/reblas/manual_primeiros_socorros
Livro: Manual de Emergências - Um Guia Para Primeiros Socorros - CHAPLEAU

2 comentários:

  1. esse atendimento de atls tem q ser atualizado, não se faz mais o A,B,C,D,E SE FAZ O C,A,B.

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    1. Obrigado Eduardo, irei verificar as informação sobre esta atualização grato.

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