sábado, 11 de setembro de 2010

Triagem da Equipe de Enfermagem em atendimento Hospitalar e Pré Hospitalar




Triagem no atendimento Hospitalar

Regras de acesso ao Serviço de Urgências
As urgências Hospitalares existem para o atendimento rápido das situações de risco para a saúde, pelo que é claro que quanto mais grave a situação clínica mais rapidamente devem ser atendidos. Mesmo tendo sido enviado de um SAP, ou pelo Médico Assistente terá de ser avaliado na triagem de prioridades, e se a sua situação for considerada não urgente (azul) aguardará a sua vez, ou seja, quando não houver doentes mais graves.
Triagem de Prioridades
O sistema de triagem, já em vigor em vários Hospitais do País, está acreditado pelo Ministério da Saúde, Conselho Regional de Médicina e Conselho Regional e Ferderal de Enfermagem (Coren e Cofen)
Este sistema utiliza um protocolo clínico que permite classificar a gravidade da situação de cada doente que recorre ao Serviço de Urgência.
Como se faz a Triagem de Prioridades
Após efectuar a sua inscrição na Admissão de Utentes será encaminhado para um gabinete novo, onde será atendido por um Enfermeiro que lhe fará algumas perguntas sobre o motivo da sua vinda e após uma observação rápida, mas objectiva lhe atribuirá uma "cor".
Existem 5 cores, vermelho, laranja, amarelo, verde e azul, cada uma representando um grau de gravidade e o tempo ideal em que o doente deverá ser atendido.

Se for considerado emergente (vermelho) entrará de imediato no balcão a que se destina a atendimento de urgencia, e imediatamente é submetido ao tratamento médico

Se for considerado muito urgente (laranja) ou urgente (amarelo) entrará para uma sala de espera interna onde o enfermeiro e médico irá avaliar e iniciar o tratamento, no momento.

Se for considerado pouco urgente (verde) ou não urgente (azul) aguardará na sala de espera a sua vez, que será quando não houver doentes mais graves para serem tratados.

Que é triagem pré hospitalar?

É a forma médica de classificação do estado em que se encontram as vítimas, com o objetivo de salvar o máximo possível de vidas dentro de um critério de escolha universal de resgate.
Como fazer esta triagem?
Geralmente ela é feita por médicos que analisam o estado de cada vítima após o acidente e é classificado pelo sistema de cores usado pelo socorrista, como uma escala de sobrevivência. No pulso destes acidentados são colocados separadores de triagem ou kit de triagem, anotando inicialmente a classificação.

Quais são as cores usadas nestes kits (braceletes)?


Azul - Estado dispensado de atendimento, poderá ter alta imediatamente.
Verde - Estado bom. Pode aguardar atendimento de pequenos ferimentos. Significa terceira prioridade: São as vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.
Amarelo - Estado que merece uma atenção mais urgente que o verde. Geralmente é feito o processo de imobilização provisória e outros Significa segunda prioridade: São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo transporte.
Vermelho - Estado de atenção imediata, pode morrer a qualquer instante. Significa primeira prioridade: São as vítimas que apresentam sinais e sintomas, que demonstram um estado crítico e necessitam, tratamento e transporte imediato.
Preto - Estado de morte ou pré-falecimento. Nada poderá ser feito. Só aguardar remoções. sem prioridade (morte clínica): São as vítimas que apresentam lesões obviamente mortais ou para identificação de cadáveres.

Como fazer no caso de remoções imediata?

Após análise e colocação de bracelete de cores, o médico que fez os atendimentos urgentes, principalmente no vermelho e no amarelo, encaminha as vítimas para remoção imediata aos hospitais. Para orientar, este médico colocará no pescoço da vítima uma ficha da sua avaliação e triagem, para que os outros médicos que forem receber em hospitais e centros cirúrgicos, já tenham as primeiras informações: nome, estado de saúde, procedimentos já efetuados, etc.
Como pessoas podem ajudar na remoção de vítimas?
A indicação é o melhor meio de comunicação. Geralmente o médico possui um kit completo de triagem, com mantas em cores para serem estendidas ao chão, bem como bandeirinhas em cores de resgate para serem vistas de longe. As vítimas estarão separadas e já terão recebidos os primeiros socorros. (vide acima descrição das cores)

Se não houver médico no local, o que fazer?

Nestas horas é que valem os treinamentos e cursos de traumas. Deve-se usar o bom senso: primeiro chamando o resgate, mantendo a calma e observando os acidentados, aplicando-lhe o método universal de resgate, ou seja o método de gravidade, procurando fazer uma separação, imobilizando o que puder e tentando um meio urgente de remoção para os acidentados mais precários, levando-os até o hospital mais próximo. Mas lembre-se, você não é médico, mas não poderá deixar o seu próximo sem socorro. Se tiver treinamento de resgate, vale a pena aplicá-los para auxiliar o profissional médico, mas se não tiver, tente buscar médicos o mais próximo e rápido possível.

O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas enfrenta um grande problema. A situação é diferente e seus métodos usuais de resposta e operação não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua forma rotineira de trabalho buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.
Como poderão então esses socorristas prestar um socorro adequado? Obviamente, se eles voltarem sua atenção para a reanimação de uma ou mais vítimas, as outras potencialmente recuperáveis poderão morrer.
Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir reforços adicionais e providenciar a segurança do local para, só então, dedicarem-se a seleção das vítimas enquanto as novas unidades de socorro deslocam-se para o local da emergência.
Esses socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo de triagem. Este é o primeiro passo para a organização dos melhores recursos na cena da emergência.
Triagem – Termo dado ao reconhecimento da situação e seleção das vítimas por prioridades na cena da emergência. Palavra de origem francesa que significa “pegar, selecionar ou escolher”.
Podemos conceituar a triagem como sendo um processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.
É de responsabilidade do socorrista que primeiro chegar ao local do acidente múltiplo, montar um esquema e separar as peças de um desastre de forma a propiciar o melhor cuidado possível a cada pessoa envolvida, solicitando recursos adicionais e reforço para atender adequadamente a ocorrência.

7 comentários:

  1. Ola Izabelly, fico grato em poder lhe ajudar com as minhas postagens, pois o obejtivo é justamente este em ajudar sempre quem precisa de informações e orientações.

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  2. Boa noite Enfermeiro, primeira mente parabéns pelas postagem que contribui muito com os colgas, tenho uma duvida, as pulseiras são usadas no APH ? Esse método é novo ?
    Grato.

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    1. Olá Rafael, este método é antigo porem não temos costume de ver a utilização pelas equipes de saúde, mas esta sendo tomado mais recentemente, pois não sei você já reparou que nos hospitais na área de Pronto Socorro, estão adaptando o atendimento baseando-se nas cores também. Estas pulseiras geralmente era utilizado em casos de acidentes com grandes quantidade de vitimas, para facilitar o atendimento, mas ainda não vejo o Resgate ou Samu usar na pratica com frequência.

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  3. Eu fico desiludida em ler esta materia, aconteceu no dia que levei meu neto com febre de 38, diarréia e vômito a um hospital credenciado a rede dor e passado pela triagem não foi considerado emergencia nem urgencia pois estes sintomas não são graves, hora se é pra passar mais de quatro horas numa recepção lotada sem lugar pra sentar com criança no colo é melhor ficar em casa e medicar a criança, acho descaso com a saude quando se trata de febre alta. Nem medicada a criança foi, não foi feito nenhum exame clinico para avaliar a gravidade da doença. Eu só vejo vantagem para estes profissionais da rede privada, porque para os pacientes ficamos esperando por horas. Pura vergonha

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    1. Orel, lamento pelo inconveniente que passou, mas casos como estes infelizmente ainda encontramos nas redes publicas, por isso nós da Enfermagem lutamos todos os dias para mudar estes senários, mas dependemos muito da ação do nosso Ministro da Saúde, e principalmente do Governo. Mas cabe o bom senso e humanização em certos momentos.

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  4. Na teoria é muito bom, mais na pratica não acontece com cólica renal fui passei pela triagem e me deram a pulseira AMARELA isso as 9:50 as 12:50 tive que procurar uma drogaria para aliviar a dor intensa pois havia pacientes de ontem a noite ainda aguardando ser chamado pela triagem acho que os médicos estão fazendo curso para atenderem nos estádios.

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